O portador da doença tem restrições alimentares, mas há poucas opções de produtos e até restaurantes na cidade.
Minha mãe, Maria Terezinha Martins dos Santos, morreu em março de 2007, de AVC, em decorrência do alto grau de diabetes. No tempo em que conviveu com a doença, vi a dura rotina dela, em contornar as restrições alimentares impostas por recomendação médica.
O que minha mãe passou, percebo no cotidiano de outros portadores da doença. Das receitas do programa da Ana Maria Braga, TV Globo, às prateleiras de supermercados e até restaurantes, são pouquíssimas as opções.
E o interessante é que a situação deveria ser outra, porque a Gazeta levantou em reportagem, a grande quantidade de pessoas que morrem em decorrência de diabetes em Bebedouro. É hoje a causa número 1 de morte no município.
Também deve ser ressaltado que diabetes atinge pretos, brancos, ricos, pobres, crianças e idosos, indiscriminadamente. Por outro lado, donos de supermercado e de restaurantes perdem um grande mercado consumidor que apesar de possuir a doença, trabalha, ganha dinheiro e tem direito à boa alimentação.
O Ministério da Saúde, auxiliado pela Secretaria Estadual de Saúde e Depto. de Saúde, deveriam encampar campanha de conscientização das empresas do setor de alimentação para atender esta demanda. Como o índice de diabetes tem infelizmente aumentado na população, daqui alguns anos, a mudança de cardápios nos estabelecimentos será inevitável. Enquanto não for descoberta a cura.
Publicado na edição nº 9633 dos dias 10 e 11 de dezembro de 2013.