Arbitragem nacional, uma lástima

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A cada jogo realizado no país, seja pelo Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil ou qualquer outro torneio de futebol nacional, a arbitragem sempre é motivo de contestação por um dos adversários, quando não pelos dois.
Bandeirinhas despreparados e árbitros que se julgam acima do bem e do mal é o que mais presenciamos desfilando pelos gramados brasileiros, claro que com uma ou outra exceção. Mas até quando será que isso vai durar? Tenho a impressão que para sempre, infelizmente, pois nenhuma demonstração de melhoria, ou tentativa de melhora, é vista em prática e tampouco debatida pela CBF. Aliás, além de ajudar o Fluminense a fugir do rebaixamento, o que mais a CBF faz em prol do futebol nacional? Difícil a resposta, pois de fato a entidade máxima do futebol no país não faz nada para melhorar a caótica situação do esporte de maior paixão nacional.
Com certeza as enxurradas de reclamações contra a arbitragem no país chegam aos ouvidos dos cartolas. Disso não temos a menor dúvida. Eles sabem que o nível dos árbitros e auxiliares no país é precário e amador, mas não fazem absolutamente nada para melhorar isso.
Não consigo entender o porquê disso, porque a CBF não investe na profissionalização dos árbitros e auxiliares, tornando essa profissão uma carreira, como qualquer outra, e não apenas um “segundo emprego”, um auxilio na renda daqueles que trabalham com o apito. Se o Brasil é o país do futebol (ao menos era), temos que ter a melhor arbitragem também, e não pessoas que apitam para complementar sua renda mensal.
Será que a solução seria “emprestar” árbitros de outros países? Trazer juízes que apitam o campeonato inglês para dar uma demonstração de como é que se apita uma partida de futebol? Talvez isso fosse interessante, pois os árbitros que atuam na Premier League (Liga da Inglaterra), são os que mais deixam o jogo correr, sempre com uma postura firme, para delírio dos torcedores que sempre lotam os estádios naquele país.

Torcida única

Não tem jeito. Os babacas e marginais continuam infiltrados nas torcidas, e como não existe qualquer punição efetiva para proibi-los de ir aos estádios, a solução seria então permitir apenas a presença da torcida do clube mandante nos dias de jogos de grande rivalidade. O último episódio aconteceu entre os bandidos existentes nas torcidas de Santos e Corinthians, no clássico do último domingo, quando uma horda de bárbaros se enfrentaram nas mediações da Vila Belmiro, munidos de barras de ferro.
O Santos terminou derrotado por 1×0, e Robinho, que reestreou pela terceira vez com a camisa alvinegra praiana, amargou sua primeira derrota para o rival paulistano. Dessa vez não tinha mais Rogério para ele pedalar.

Publicado na edição nº 9731, dos dias 12 e 13 de agosto de 2014.