
O assunto deste artigo faz parte dos temas do chamado “politicamente correto”. Vai e volta dependendo da hora. Atualmente, está na maior moda. Cresceu nos Estados Unidos, com a onda de denúncias de mulheres bonitas. Alegam assédio sexual contra aqueles, que detêm alguma ascensão sobre elas. São os produtores e diretores de filmes e peças de teatro sobre as atrizes. De políticos e donos de jornais e TVs contra as jornalistas e apresentadoras de notícias. Estando na crista da fama, ou melhor, da má fama. O presidente Trump se transformou em personagem de várias denúncias. Inúmeras dessas denúncias de assédio remontam a fatos acontecidos, há mais de 10 e 15 anos. O ponto central é sempre o mesmo: a fragilidade da mulher diante do poder do assediador. Dos Estados Unidos, a onda começou a se espalhar pela Europa. Mas, na França, ocorreu um contraponto surpreendente: Um grupo expressivo de mulheres socialmente conhecidas, por suas atuações – Atrizes, escritoras e jornalistas publicou uma advertência: Essas denúncias de assédio precisam ser equilibradamente debatidas, para não causar um efeito indesejado para as próprias mulheres. Explicaram, que o relacionamento delas, com os homens, é um dos mais importantes e prazeroso. E esse relacionamento sempre se inicia, com as chamadas “cantadas” e “paqueras”. Caso essa onda de denúncias de assédio sexual inibir os procedimentos preliminares do namoro, talvez as mulheres sofram o maior prejuízo. É que a tentativa de conquista pelo homem, quando segue o padrão normal, é prazerosa para a mulher, mesmo quando ela recusa. Resumo: Não exagerar para não ficar no prejuízo.
Violência contra a mulher
Outro tema decorrente é o que trata da violência física contra a mulher. Especialmente dentro do ambiente familiar. As mulheres já fazem um movimento contra ele, há bastante tempo. Mas, esse movimento, às vezes, pende para o exagero e mesmo para o ridículo. Na minha opinião, um desses casos foi noticiado pelo Estadão (7/1/18 – C-5). Ali, está relatado que um grupo de mulheres conseguiu alterar o enredo da ópera “Carmen”. Com todas as falhas da memória me lembrei da história dessa ópera. Há mais de 2 séculos a história foi escrita como um romance pelo escritor francês, Prosper Merrimé. O romance narra a vida de um bando de ciganos, que vagueava pela zona rural da Espanha. Carmen estava entre eles. Ela chegou a uma grande cidade da Espanha, onde se tornou bailarina de um cabaret. Lá, se tornou amante de um soldado, que fazia a guarda desse cabaret. Essa história ficou famosa, quando foi musicada pelo francês Bizet. Transformou-se na ópera “Carmen de Bizet”. Seus diálogos eram na língua francesa. A história conta, que no final, Carmen se apaixona por um toureiro. Por isso abandona seu amante e é assassinada por ele. A história aconteceu há séculos e é condizente com a época. Pois não é, que um grupo de feministas se revoltou com a violência praticada contra a mulher e conseguiu mudar o final da ópera.
A mudança pode ter agradado as feministas. Porém, no mínimo ofendeu a lógica da violência. Pela mudança, foi Carmen quem matou o amante abandonado. Se é assim, que as mulheres querem diminuir a violência contra elas, os homens que se cuidem.
(…)
Leia mais na edição nº 10222, de 27, 28 e 29 de janeiro de 2018.