Depois de trabalhar um ano com planejamento da administração passada, atual governo tem chance de montar suas prioridades.
Até 30 de setembro, o Governo Fernando Galvão (DEM) terá que protocolar na Câmara de Vereadores, a proposta de Orçamento para 2014. Quem entende um pouco de administração pública sabe que de fato, agora sim, começa a nova gestão, porque por enquanto, as prioridades de 2013 foram estabelecidas no último mandato do ex-prefeito João Batista Bianchini (PTB), o Italiano.
Por esta peça orçamentária vai dar para perceber o quanto a atual assessoria, sentiu impacto das dívidas herdadas da administração passada, conheceram a parca receita própria que a cidade tem e a dependência umbilical dos governos estadual e federal.
Por outro lado, há grande necessidade de investimento em infraestrutura. Estão em andamento licitações e assinaturas de convênios para construção de três novas creches e cinco postos de saúde. Benefícios para a população, mas é impossível colocá-los em funcionamento sem impactar nos gastos com energia, telefones, materiais eletrônicos e até na folha de pagamento.
Antes da elaboração contábil do Orçamento seria interessante refletir sobre o modelo de administração que se deseja. Precisa-se reduzir o tamanho da máquina pública senão há risco de paralisação nos próximos anos.
Realmente, a escolha não é fácil, por isto, sabiamente a lei fala em audiências públicas e debates com o Poder Legislativo. Porém, estes dois espaços não podem ser usados apenas para emendas paroquiais, pensando em atender interesses daquele ou de outro vereador. Precisamos pensar na cidade.
Publicado na edição nº 9598, dos dias 17 e 18 de setembro de 2013.