Rede social tem sido válvula de escape para muita gente sem um pingo de equilíbrio psicológico.
Entrei no Facebook em 2006 a convite de um amigo, mas só comecei a postar a partir de 2008. A rede social americana é muito interessante para compartilhar cultura, esporte, notícia, ideias e sentimentos.
No Facebook, todas as semanas tenho reencontro com amigos afastados, falo com parentes distantes e me serve de ferramenta no jornalismo, onde sempre consigo pautas.
Mas em 2014, o que era previsível, aconteceu, a deteriorização do Facebook. Não me assustam as postagens feitas por perfil falso, mas aquelas feitas por pessoas que mostram a cara e opiniões absurdas.
Tem gente que posta contra tudo e contra todos, na ânsia de causar polêmicas. Um deles, do time “ninguém presta”, fala mal da Inter de Bebedouro, dos negros, do Nelson Mandela, do Chico Buarque, da novela das nove e do sorvete de baunilha. Apenas para parecer polêmico, ele diz que é ateu e anticlerical. Ele é só um exemplo das pessoas que enchem a timeline com material sem pé e nem cabeça.
Não estou aqui defendendo a ditadura do pensamento único. Como muitos gostam de dizer “o perfil é meu e posto o que eu gosto”. Mas é exatamente este o ponto central do debate: não se pode impor o próprio gosto à maioria.
Não acho que o caminho seja migrar para outra rede social, porque o Orkut era assim também. O que precisa mudar é o comportamento das pessoas. Do contrário, começo a pensar que há muito louco por trás dos teclados.
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Leia mais na edição nº 9785, dos dias 16 e 17 de dezembro de 2014.