Aos poucos os agentes de futebol estão dominando a seleção brasileira. A começar pelo ex goleiro Gilmar Rinaldi, famoso no meio dos boleiros, convidado para ser o novo diretor executivo da seleção. Gilmar, como é sabido, sempre foi agente de jogadores, e ganhou muito dinheiro com esse rentável negócio. Agora ele é homem forte na seleção, mas jurou que não está mais no meio de transações milionárias, e como prova disso mostrou que seu nome não consta mais como agente de futebol no site da Fifa. Depois dele veio Dunga, outro que negou negócios com jogadores.
Contudo, o excelente jornalista da ESPN Brasil, Lúcio de Castro, conseguiu provas cabais do envolvimento de Dunga com transações de jogadores, algo que o atual técnico da seleção havia negado veementemente.
Isso é um tapa na cara dos torcedores brasileiros, que são tratados como trouxas pela cúpula pilantra da CBF. Obviamente que os nomes de Gilmar e Dunga não irão mais aparecer claramente nos negócios, seria dar muita bandeira. Esse negócio de transação de jogadores envolve muito dinheiro, demais, é uma teia gigante que envolve muitas pessoas e facilmente tanto Gilmar quanto Dunga poderão valer-se de seus cargos para ganhar dinheiro com indicação de atletas, claro que sempre usando laranjas em seus lugares.
Quero ver a primeira convocação de Dunga. Quero ver os nomes que ele irá chamar em suas convocações. Em sua primeira passagem, jogadores sem expressão foram chamados, e depois de se valorizarem com a camiseta amarela, conseguiram bons contratos apesar de não apresentarem futebol para tanto. O maior exemplo disso é Felipe Melo, volante cabeça de bagre que após sua pífia passagem pela seleção conseguiu milionário contrato para jogar na Turquia.
Será possível que novamente iremos conviver com tantos interesses particulares em detrimento ao coletivo? Ao menos nesse aspecto temos que dar valor ao ex técnico Felipão, que apesar de ser turrão e teimoso, ao menos não se envolveu em polêmicas desse calibre. Pode isso?
Retomando os trabalhos
Mais uma semana de futebol, tanto da Copa do Brasil quanto do Campeonato Brasileiro, e parece que a saudade da Copa do Mundo aos poucos vai se dissipando. Os primeiros jogos nacionais pós-mundial foram difíceis de assistir, principalmente depois de ver as grandes seleções internacionais desfilando o néctar da bola nos gramados brasileiros. Mas aos poucos vamos acostumando novamente com o que temos por aqui, e o negócio é torcer, como sempre.
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Leia mais na edição nº 9725, dos dias 29 e 30 julho de 2014.