A Prefeitura precisa monitorar a prestação de serviço da concessionária provisória de transporte público.
Se um dos critérios da licitação para escolha da nova permissionária de transporte público coletivo de Bebedouro fosse a opinião dos usuários, a atual concessionária provisória não ficaria com boa pontuação. Passada a novidade dela ter substituído a deficitária EBTU, a Rápido d’Oeste, empresa de Ribeirão Preto, já é alvo de críticas por parte da população.
As reclamações são referentes a um problema antigo, os atrasos e os trajetos das linhas que parecem adequados à empresa, mas não ao usuário que é obrigado a dar uma volta inteira pela cidade, quando apenas quer ir de um bairro ao centro ou a um bairro vizinho.
Está em processo, estudo encomendado pela Prefeitura para mapear o transporte coletivo e também foram realizadas audiências públicas para ouvir a opinião da população. O resultado balizará a concorrência.
Teoricamente, a atual empresa de transporte público poderia até ter mais condições de vencer a disputa, porque já conhece as rotas e os usuários. E neste meio tempo em que trabalha com contrato provisório, pode conquistar os usuários com prestação de serviço bem superior à EBTU. E, por enquanto, exceto por ter frota mais nova, no que se refere a rotas e horários, pouco difere da antiga permissionária.
Como já há muitas reclamações, está nas mãos da Prefeitura ser mais firme na cobrança. Aliás, poderia ser criada uma ouvidoria aos usuários, mesmo que provisória.
Pelo tamanho da área urbana, Bebedouro poderia servir de modelo em transporte coletivo eficiente. Basta que seja exigida melhor prestação de serviço. Se a empresa recusar, nada impede que o contrato seja rescindido e outra permissionária seja contratada imediatamente.
Aliás, a Prefeitura, com a ajuda do Procon poderia encampar a briga contra a péssima prestação de serviços das concessionárias de telefonia fixa e móvel, de internet, de energia elétrica, em nome do interesse público. Porque exceto alguns projetos sociais da Telefônica (hoje Vivo), estas empresas só levam dinheiro de Bebedouro, sem qualquer contrapartida.
Publicado na edição nº 9638 dos dias 21, 22 e 23 de dezembro de 2013.