A beleza da cidade vista pelos olhos de outrem

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A maior riqueza de Bebedouro não são as indústrias e plantações, mas a solidariedade da população.

Às vezes, precisamos de pessoas de fora a nos apontar o que está diante de nossos olhos e não vemos. Ao lerem a entrevista do empresário Henrique Arutin Filho no Gente, perceberão que temos muitos motivos para nos orgulhar de Bebedouro.
Nascido em Barretos, educado em colégio interno, em São Paulo, e bem viajado, o empresário é dos mais isentos para analisar Bebedouro. Conhece a maior metrópole do país e os rincões do serrado.
Além da beleza urbana encontrada em Bebedouro, principalmente no que diz respeito à região do Lago Artificial, projetado pelo saudoso arquiteto João Valente, a maior riqueza deste município é justamente sua população.
É bem provável que ninguém tenha se dado conta da quantidade de festas em prol de entidades assistenciais que são realizadas todos os anos na cidade. E graças a Deus e à boa vontade do bebedourense, todas com sucesso de arrecadação. Além disto, ainda sobra espaço para organizar a festa beneficente com renda em prol do Hospital de Câncer de Barretos.
Infelizmente, sufocados pela avalanche de fatos negativos, desde a crise da citricultura, venda de fábricas, fechamento de indústrias e rotineiros escândalos políticos, os bebedourenses tiveram sua autoestima afetada.
Graças principalmente às pessoas que nasceram em outras cidades e adotaram Bebedouro, seus testemunhos são como espelhos, para nos fazer perceber que este lugar é privilegiado para se viver.
Há muita coisa a ser melhorada no município, como também tem que acontecer em Barretos, Ribeirão Preto, Catanduva, Jaboticabal, São Paulo então, nem se fale.
O termo Cidade Coração é fruto da solidariedade política bebedourense ao abrigar uma estátua recusada em Jaboticabal, conta a história. Mas aos poucos, descobrimos que o conceito foi sendo incorporado no modo de agir do bebedourense.

Publicado na edição nº 9594, dos dias 7, 8 e 9 de setembro de 2013.