
Roberta Moreira Castro foi velada na OAB e sepultada no Cemitério de São João Batista.
Sepultada na manhã de segunda-feira (30), o corpo da advogada Roberta Moreira Castro, 48, morta em decorrência de ferimentos sofridos em acidente com carro, na madrugada de domingo (29), em rodovia, próximo de Guaraci, região de São José do Rio Preto.
Advogada trabalhista, muito conhecida entre os profissionais de Direito de Bebedouro e Ribeirão Preto, Roberta era assessora jurídica do Sindicato dos Motoristas de Transporte Coletivo de Ribeirão Preto e Bebedouro e do Sindicato dos Empregados Rurais de Monte Azul Paulista.
Por determinação do presidente da 87ª subseção, Mário Luiz Ribeiro, o corpo de Roberta foi velado na Casa do Advogado, em Bebedouro. Dezenas de pessoas, de Bebedouro e região, passaram pelo velório até seu sepultamento no Cemitério Municipal de São João Batista.
“Era uma moça maravilhosa, trabalhadeira, foi minha estagiária, trabalhou por alguns anos em meu escritório, cresceu profissionalmente e conquistou espaço com muita luta e sacrifício. Para nós, advogados, é um dia de grande perda, porque ela era muito valiosa para todos em nossa classe”, diz o ex-presidente da OAB, Paulo Roberto Joaquim dos Reis.
O secretário adjunto da OAB, Rogério Valverde disse que Roberta foi professora para todos jovens advogados, “todo mundo que estava em inicio de carreira, sempre tiveram nela, fonte de ensinamento, educada com palavras de apoio e conforto, e nós advogados estamos aqui para retribuir este conforto a todos seus familiares”.
Ex-presidente da OAB, Edson Artoni Leme diz que o falecimento da advogada é perda familiar e para a sociedade, porque Roberta era profissional competente, sempre presente em defesa dos interesses coletivos.
“Advogada brilhante, na defesa de seus clientes, nós tivemos vários embates e ela sempre demonstrou eficiência, cultura jurídica. A classe perde uma companheira e a cidade perde uma jovem que tinha muito para oferecer para a sociedade. Deixa um filho advogado que com certeza irá trilhar seus passos”, afirma Carlos Galvão Moura.
Amigo pessoal de Roberta, advogado trabalhista Luís Claudio Mariano estava abalado com sua morte, “dia muito triste. Era amigo dela, Roberta era legal, cordial, sempre nos recebia em sua casa, para reuniões. Éramos advogados militantes da Justiça do Trabalho e as festas de encerramento de ano eram sempre em sua casa. Sinto muito a perda dela. Defendeu vários sindicatos da região, inclusive, de forma decisiva ajudou resolver o caso da EBTU, que deixou de pagar os funcionários e a cidade ficou por vários dias sem transporte coletivo. Ela mediou o acordo permitindo a vinda de nova empresa, evitando desemprego de muitos pais de família”.
Roberta deixa os filhos Maurício e Rodrigo. Ela foi casada com o sindicalista Roberto Bueno, ligado ao transporte coletivo.
Postado na edição nº 9713, dos dias 1° e 2 junho de 2014.