O médico cirurgião pediátrico Fernando Piffer foi denunciado na sessão da Câmara Municipal de quarta-feira (22), por estar viajando pelo litoral norte de São Paulo, em férias, enquanto deveria estar à disposição da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para plantão de sobreaviso no feriado prolongado de Carnaval, de 17 a 21 de fevereiro.

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Matéria jornalística instigou parlamentar a procurar informações sobre o contrato do profissional com a UPA.

O vereador Jorge Cardoso denunciou na sessão da Câmara Municipal, de quarta-feira (22), que o médico cirurgião pediátrico Fernando Piffer, estaria viajando pelo litoral de São Paulo, enquanto deveria estar à disposição de plantão da UPA, durante o feriado prolongado de Carnaval, de 17 a 21 de fevereiro. Na tribuna, o parlamentar leu ofício do gerente da UPA, Giovani Silva, informando que a OS Mahatma Gandhi não foi notificada de que o profissional estaria fora da cidade. O profissional possui contrato de sobreaviso na cirurgia pediátrica, no valor fixo de R$ 23 mil. “Alguém que ganha R$ 23 mil da Mahatma Gandhi deveria estar em Bebedouro. Para piorar a situação, ele não deixou avisado a nenhum outro médico plantonista…”, disse inconformado o vereador. O gerente da unidade, Giovani Silva, confirmou à Gazeta todas as informações relatadas por Cardoso. Questionado por que a UPA necessita contratar cirurgião pediátrico, Silva explica que a UPA tem capacidade para atender casos de baixa e média complexidade. “Qualquer paciente que chega a Bebedouro, passa pela UPA, primeiro. Por exemplo, se um paciente chegou com um trauma, o cirurgião geral avalia se esse paciente será atendido no centro cirúrgico ou se será necessário encaminhá-lo para especialidades de outras unidades. A mesma coisa acontece com a cirurgia pediátrica. Se for uma cirurgia de médio porte, Bebedouro tem capacidade de atender”. Sobre a média mensal de frequência do médico na UPA, Silva informa que o médico é solicitado quando necessário e que a escala não necessita de atualização por se tratar de um contrato de valor fixo: “Se necessário, nós o chamamos, pois é um plantão de retaguarda e o profissional fica disponível 30 dias do mês. Mesmo que não precise do profissional, ele irá receber mensalmente o valor. Essa é uma prática comum. Assim como eu não tenho um cirurgião dentro do hospital, mas se surgir um trauma, ele terá um tempo para chegar ao hospital e levar o paciente ao centro cirúrgico. Neste tipo de retaguarda, os profissionais não são obrigados a ficar presentes, mas eles são obrigados a atender conforme o chamado da instituição que os contrata”.

Publicado na edição 10.736 – De sábado a terça-feira, 25 a 28 de fevereiro de 2023