

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou, na noite de segunda-feira (9), a interrupção do estudo clínico da vacina CoronaVac, após o registro de “evento adverso grave”, ocorrido em 29 de outubro, justificando que é procedimento padrão interromper os testes quando algum problema é notificado. Em nota, a Anvisa explicou que os eventos adversos considerados graves são: óbitos, comprometimento da saúde do voluntário, incapacidade ou invalidez, hospitalizações, anomalias e suspeitas de infecção. A agência não deu detalhes sobre a ocorrência específica que gerou interrupção dos testes.
Em coletiva de imprensa na manhã de terça (10), o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, acompanhado do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas e do secretário executivo do Comitê de Contingencimento, João Gabbardo, disse que o “evento” que levou a Anvisa a suspender a 3ª fase de testes da CoronaVac teve fator externo, “sem nenhuma relação com a vacina”.
No decorrer da coletiva, os especialistas não deram detalhes do caso, nem mesmo confirmaram tratar-se de morte, mas tranquilizaram os demais voluntários, garantindo que o imunizante contra a Covid-19, desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, mostrou-se seguro até o momento.
Poucas horas após o fim da coletiva, veículos de imprensa nacionais divulgaram que o “evento” trata-se de óbito de homem, 33, e como se deram as circunstâncias do falecimento, alheias à vacina.
O caso ainda está sob investigação por parte da Anvisa, mas o Governo do Estado diz esperar que a agência permita a retomada dos testes nos próximos dias, concluindo que a morte não tem relação com a vacina.
Publicado na edição nº 10532, de 11 a 13 de novembro de 2020.