Atleta chega em 31°, entre 17 mil corredores.
Givaldo Sobrinho, atleta desde 2002, quando participou da 1°Meia Maratona de Guariba, interior de São Paulo, conta que chegou da Bahia para trabalhar e logo se apaixonou por Bebedouro, através de um grande amigo que fez na cidade, hoje falecido. Foi apresentado ao Atletismo e agora não vive mais sem o esporte, “claro que já passei por muitas necessidades, mas ter ido para o lado do esporte, da saúde, é uma felicidade enorme. Hoje, muitos se envolvem com drogas, bebidas, só tenho que agradecer”, conta emocionado sobre a experiência de mais um desafio, a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro que aconteceu na manhã do domingo (31 de agosto) e que para ele durou 1h20min9, (o segundo colocado também brasileiro, realizou a prova em 1h04min21; o etíope, Leul Gebresilase foi o mais rápido e conquistou o primeiro lugar). Vale lembrar que a Meia Maratona do Rio é uma corrida de 21 km, a metade do percurso de uma maratona completa, que é realizada em grandes competições de atletismo, em que Givaldo também participou, como a São Silvestre em São Paulo que acontece há décadas.
Givaldo repetia o feito pela terceira vez, no Rio de Janeiro, com ajuda da prefeitura que, de acordo com César Michelon, diretor do Depto. de Esportes, contribuiu com a alimentação diária dos atletas. Eles também aguardam repasse de verba da prefeitura para a ABA, aprovada desde 2013. Mas a associação ainda deve a conclusão do projeto para recebê-la.
Os atletas hospedaram-se no Aterro do Flamego. Orgulhoso, com sorriso no rosto, Givaldo diz que pela primeira vez, andou de avião, “nem senti tanto medo, o pessoal fala tanto, mexeu um pouquinho só e logo chegamos”, conta.
O atleta treina uma hora e meia, de segunda-feira a sábado, com o técnico de atletismo Antônio Alves dos Santos, o Toninho. “Estou muito feliz, um atleta quase veterano conquistar uma colocação como essa, é um estímulo para todos, o reconhecimento do nosso trabalho”. O atleta diz que sua colocação foi “uma surpresa”, e completa, “tenho 37 anos, mas quero correr muito ainda, não está na hora de casar”, correndo também do assunto.
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Leia mais na edição nº 9741, dos dias 4 e 5 de setembro de 2014.
