Escolha de empresas prestadoras de serviços públicos precisam urgente de listagem classificatória distinguindo boas e ruins.
A prefeitura está começando novo contrato com empresa de Organização Social para a Saúde. Mas ainda terá que conviver com as dores de cabeça deixadas pela empresa antiga, contratada na administração passada.
Não é a toa que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo desaprovou a contratação da antiga empresa e puniu exemplarmente o ex-prefeito. Aliás, a multa deveria ser estendida a todos os responsáveis pela contratação, não como vingança, mas para servir de exemplo na administração pública.
A antiga empresa repetiu em Bebedouro, a sensação de intranquilidade deixada em Lorena, município do Vale do Paraíba, onde os médicos entraram na Justiça do Trabalho para receber salários atrasados, o que deve acontecer também aqui, em nossa cidade, apesar da empresa receber em dia os repasses do governo municipal. Qualquer desculpa é difícil de ser aceita, nesta situação.
O mesmo pode-se supor da construtora que abandonou a construção da UPA. Há no governo municipal quem fale até em comprometimento da estrutura. Se isto for verdade, mais de R$ 2 milhões em dinheiro público, e diga-se, que sempre falta na Saúde, serão jogados fora.
Tudo isto deveria ser evitado se governos municipais, estaduais e federal pensassem em criar uma espécie de lista negra com empresas com históricos complicados de prestação de serviço. Há barreiras nas leis de licitação, para empresas com dívidas em tributos públicos e outros impedimentos, mas ao que parece, isto é muito pouco para evitar dores de cabeça aos governantes.
Não é o caso da antiga empresa de Organização Social nem da construtora, mas existem especialistas em arquitetar montagem de empresas para funcionar só no papel. Algumas, apenas com a função de participar de licitações e perder. Outras com permissão de políticos corruptos e mais algumas em máfias privadas que controlam setores importantes da economia.
Passou da hora do Brasil colocar atrás das grades, sem regalias, toda essa gente. E sem direito a embargos infringentes, palavra da moda no Supremo Tribunal Federal. Que apelem a Deus por seus pecados e danos ao erário público. Só ele pode perdoar, porque a população já perdeu a paciência.
Publicado na edição nº 9599, dos dias 19 e 20 de setembro de 2013.