
Prefeitura tentou derrubar autorização, mas não obteve êxito. Comerciantes ficam indignados.
Com liminar do juiz Neyton Fantoni Jr, organizadores da Feira do Brás conseguem autorização para se instalar no salão de eventos do Recanto São Vicente de Paulo, no final de semana (24 e 25).
A Prefeitura tentou derrubar a liminar, porém não obteve êxito: “O juiz entendeu que trata-se de uma iniciativa privada para exploração de atividade comercial. Porém, a liminar não tira o poder da fiscalização de verificar a procedência destes produtos”, explica o diretor Jurídico, Telmo Vidal. Jr.
Já o chefe de Gabinete, Paulo Garcia, informa que não é de competência da Prefeitura a fiscalização de produtos: “Isto é de reponsabilidade do Estado que já foi notificado sobre a permanência desta Feira em nossa cidade”.
O diretor de Desenvolvimento, Lucas Seren, diz que os comerciantes de Bebedouro ficaram “indignados” com a decisão do juiz: “Nossos comerciantes pagam impostos, geram empregos em nossa cidade e a Prefeitura é parceira do nosso comércio. Tentar derrubar a liminar foi uma forma de valorização do nosso comércio. Além disso, não sabemos a procedência destes produtos trazidos pela Feira do Brás”, indigna-se.
André Sabino Alves, um dos organizadores da Feira, diz que realiza a comercialização destes produtos em várias cidades: “Bebedouro era um sonho antigo e há quatro anos outros organizadores vinham tentando comercializar na cidade. Só não conseguimos antes, em função dos documentos exigidos”, alegando que pagou as taxas e apresentou as documentações exigidas pela Prefeitura, na sexta-feira (23). Esta informação foi confirmada pelo chefe de Gabinete, Paulo Garcia.
Questionado, Alves não revelou quantas pessoas trabalham na Feira, nem o número de barracas ou a projeção de movimento financeiro. “Como a Feira faz muito sucesso, os comerciantes sentem-se prejudicados, mas funcionamos apenas três dias, sendo impossível em tão pouco tempo, prejudicar o comércio de uma cidade”.
O organizador diz que os produtos são adquiridos de treze grandes fabricantes e garante: “todos os produtos têm procedência e nota fiscal”.
Em caso de problemas com os produtos adquiridos vai restar ao consumidor o muro das lamentações.
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Leia mais na edição nº 9906, dos dias 24, 25 e 26 de outubro de 2015.