Começamos a briga por um canal de televisão

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Criação do Conselho Municipal de Comunicação é o primeiro passo.

Com a chegada da era digital, abriu-se a possibilidade da realização de um sonho antigo dos bebedourenses, ter um canal de televisão municipal. Houveram inúmeras tentativas, desde a equipe da Rádio Comunitária Jesus Caminho Seguro, até o Imesb (Instituto Municipal de Ensino Superior de Bebedouro – Victório Cardassi).
A iniciativa mais concreta é da rádio católica, com pedido protocolado no Ministério das Comunicações, porém, sem chances de prosperar, porque os critérios de liberação são políticos, apesar do Governo Federal negar.
Outro entrave era que no sinal analógico, UHF e VHF, havia restrição da quantidade de canais, fato contornado pela tecnologia digital que permite dezenas de opções, por baixo custo.
Num ponto pode-se elogiar os meios de comunicação da cidade, sejam jornais, rádios, revistas e sites, o fato de dedicarem grande parte de seus espaços para pautas locais. Mesmo sendo um município de 80 mil habitantes, há espaço diário para informações.
Basta olhar para as páginas da Gazeta e seu volume de reportagens. Não é raro sermos obrigados colocar matérias em compasso de espera até a próxima, porque não couberam naquela edição. Até mesmo abrir mão de imagens para privilegiar os textos. O mesmo acontece com as emissoras de rádio, que praticamente não têm tempo para divulgar pautas estaduais e nacionais, porque a maior audiência é por fatos que acontecem aqui.
O mais importante é a criação do Conselho Municipal de Comunicação, mecanismo de segurança da sociedade, para evitar que o canal de televisão seja manipulado por interesses particulares.
Feito este processo de forma planejada, discutida com toda sociedade, poderá resultar em amadurecimento dos meios de comunicação, infectados por colunas assinadas com pseudônimos, para esconder a falta de coragem ou de caráter de quem só tem um objetivo: se dar bem.

Publicado na edição nº 9705, do dia 12 e 13 de junho de 2014.