
Getúlio Toller é bebedourense, de uma família bastante tradicional na cidade. Nascido em 1942, estudou no Paraíso Cavalcanti, formou-se em medicina na USP e concluiu residência na área de oftalmologia em São Paulo. Neste meio tempo, acabou se apaixonando por uma amiga de infância que se tornou sua esposa. Parece que os destinos de Getúlio e dona Luci já estavam traçados! Desde o início da década de 70, o casal vive em Barretos, sem esquecer as raízes em Bebedouro, é claro. Dos seus quatro filhos, três seguiram a carreira do pai, e dois deles trabalham no mesmo consultório de Getúlio Toller que, aos 70 anos, ainda tem muito fôlego para continuar atendendo seus pacientes. Avô de sete netos, ele revela que mais um vem por aí, em breve, e está bastante contente com a novidade.

GB – Onde nasceu? Quando?
Getúlio – Nasci em Bebedouro, onde era a antiga Chevrolet, na rua Oscar Werneck entre as ruas São João e Cel. João Manoel. Era uma agência da família, morávamos num sobrado que tinha ali. Foi em 4 de março de 1942.
GB – Sempre morou lá?
Getúlio – Não, depois de uns dez anos nos mudamos para a rua Francisco Inácio, esquina com rua Cel. João Manoel, era uma casa grande, hoje reformaram, fizeram umas lojas. Nessa casa fiquei até sair da cidade.
GB – Onde estudou? Tem amigos aqui na cidade?
Getúlio – No Paraíso Cavalcanti, dali já saí para fazer o cursinho e faculdade. Tenho amigos sim, mas o que acontece é que, nessa minha idade, vários já foram morrendo… Tem o Waldir Turco, o Luis Fernando Ferreira da Rosa, era nossa turma de moleques, fomos crescendo, envelhecendo, saindo. Alguns ficando, outro voltando, mas a maioria saiu. Como saí de Bebedouro e não voltei nem para trabalhar, então os contatos ficaram mais difíceis.
GB – O que fazia nos tempos de criança?
Getúlio – Hoje em dia mudou tudo, é computador, facebook, twitter, msn… Naquela época não tinha nem televisão, então, a gente brincava muito na rua mesmo, fazendo uns futebolzinhos de rua, tinha um brinquedo que a gente chamava de bota de cachuleta, pião, era a diversão da molecada da época. Bola de gude, bete, soltar papagaio que hoje é pipa! Era o brinquedo de toda a criançada na época.
GB – Sente saudade de algo específico na sua infância ou juventude?
Getúlio – A gente freqüentava a tal da piscina da Donana, dona Ana, era numa chácara lá para o lado do Educandário. Naquela época não tinha nada ali, eu ía com a turminha, tinha que ser sócio da piscina, era um das diversões boas da época. Na época de Ginásio, na escola tinha o futebol, vôlei, jogava basquete… mas me liguei mesmo no futebolzinho.
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Leia mais na edição n° 9445, dos dias 1°, 2 e 3 de setembro de 2012.