Doação da Rodotruck para Hélio Bastos é de julho

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Sócios da empresa foram detidos na ‘Operação Cartas Marcadas’ por suspeita de participação em suposto esquema de fraudes.

Os empresários José Roberto Cardoso e Rodolfo Rogério Pinheiro são sócios-proprietários da Rodotruck, empresa que fez doação para a campanha do candidato a prefeito Hélio Bastos (PDT) no valor de R$ 2,4 mil. O dinheiro foi contabilizado pelo prefeiturável em 31 de julho deste ano. Esta informação está a disposição da população para consulta pública, inclusive com o número do recibo eleitoral emitido pelo comitê financeiro da coligação do candidato.
Os dois sócios foram detidos em maio de 2010, por suspeita de participação em esquema de fraudes em licitações públicas na Prefeitura de Bebedouro, durante o Governo de João Batista Bianchini (PTB), o Italiano.
Empresários do ramo de oficina de caminhões e peças Cardoso e Pinheiro, criaram em 2009, primeiro ano da gestão Italiano, a Construtora RDA. A sigla é formada pelas letras iniciais dos nomes das esposas dos três sócios da Rodotruck: Roseli, Dulcinéia e Adriana. Um terceiro sócio não foi preso porque não haviam indícios contra ele, de acordo com o que foi apurado nas escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça.
Conforme teoria do Ministério Público, a empresa foi constituída para participar de suposto esquema de fraudes em licitações.
Placas de obras e papelada da RDA foram encontradas no interior da Rodotruck. Não há informações se a construtora teria uma sede. E no local, não há sinais de materiais de construção civil, segundo a Polícia Civil.
De acordo com o relatório final da CPI de Italiano, elaborado pela Câmara Municipal, em 2010, “O esquema funcionou desta forma até o meio do ano de 2009, quando nele adentraram Rodolfo e José Roberto, de alcunha “Zebrão”, proprietários da empresa RODOTRUCK, que na ocasião estavam constituindo a empresa RDA, que passaria a também integrar o esquema”.
Todos os envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público em uma ação que tramita no Tribunal Regional de Justiça de São Paulo. O caso corre em foro privilegiado porque o prefeito Italiano (PTB) é alvo da denúncia feita pelo MP. Ainda não há data prevista para julgamento.

(…)
Leia mais na edição n° 9451, dos dias 18 e 19 de setembro de 2012.