Antonio Carlos Álvares da Silva
Vejam, como uma decisão normal do Estado pode gerar uma longa confusão. Há uns dois meses, a Secretaria da Educação decidiu separar os estudantes nas respectivas faixas etárias e colocar cada uma delas em escolas exclusivas. Assim, a faixa da primeira infância ficaria em determinadas escolas, a do primeiro grau em outras e do segundo grau em terceiras. O argumento é que, havendo em cada escola apenas alunos de um limite de idade, os professores ficariam especializados nessa faixa e teriam melhor rendimento. Além disso, o número de escolas ficaria menor, com economia para o Estado. Grupos de esquerda, que andavam sem assunto, para agirem, aproveitaram a oportunidade e incentivaram alguns estudantes, a acompanha-los em protestos a essa medida do governo estadual. Com isso, conseguiram invadir mais de uma centena de escolas, depredaram algumas e passaram a promover passeatas nas principais avenidas da capital. Interromperam o trânsito e atacaram com bombas os policiais, que tentaram impedí-los. Para evitar a continuação dessa baderna, o governo do estado revogou a decisão e passou a fazer mais estudos sobre o assunto. Provando, que o movimento dito estudantil, era puramente político, quase todas as escolas continuaram ocupadas e as passeatas se repetiram. Tradução: Os estudantes, que continuam ocupando as escolas, demonstram, que não querem estudar e aprender. Nesse quadro, como ficam os pais desses estudantes? Não tomam nenhuma atitude, para convencer seus filhos, que estudar lhes é benéfico? Bom, se os pais desses estudantes forem de esquerda, a educação dos filhos fica em segundo plano.
Dilma acha os brasileiros idiotas
A situação do governo Dilma não poderia ser pior: Grandes denúncias de corrupção; Dívida federal na casa dos dois trilhões; Recessão econômica em todas as atividades; PIB despencando; desemprego e inflação em alta. O único remédio, para tentar reverter essa situação calamitosa é do conhecimento geral: Diminuir os gastos do governo. Mas, se Dilma fizer isso, vai enfrentar a ira da maioria de seus eleitores. Os altos funcionários públicos, os corruptos, os sindicatos e todos os beneficiários da gastança desenfreada. Na tentativa de tapar o sol com a peneira e dizer que vai diminuir os gastos o ministro da fazenda Levy, incluiu no orçamento do próximo ano, um índice de superávit primário de 0,7% do PIB. Mas, nem isso acabou aprovado. Sob a alegação de que com esse porcentual seria necessário tirar 10 bilhões de reais da verba do Bolsa Família, Dilma diminuiu esse percentual, para 0,5%. Com isso, ela acaba chamando todos os brasileiros de idiotas. O orçamento da União vai alcançar a cifra de 1 Trilhão e duzentos e cinquenta bilhões. Porque os 10 bilhões diminuídos teriam que sair obrigatoriamente da verba da Bolsa Família e não de todas as outras verbas?
(Colaboração de Antônio Carlos Álvares da Silva, advogado bebedourense).
Publicado na edição nº 9929, dos dias 19, 20 e 21 de dezembro de 2015.