Focos de incêndio e queimadas batem recordes

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Apesar da seca, reservatórios de água ainda não preocupam.

O monitoramento, sobre incêndio e queimadas, feito pelos satélites a serviço do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), vem demonstrando uma realidade assustadora. Só no mês de julho foram contabilizados 19.147 focos em todo o território brasileiro. Este número só não é maior que julho de 2004 (23.809), recorde mensal, e também anual, da série histórica que se iniciou em 1998.
Se comparado com o mesmo mês de 2015, quando ocorreram 8.755 focos, o aumento chega a 118,7%.
No total de janeiro a julho deste ano, já ocorreram 48.193 incêndios ou queimadas no país, 68% a mais que o mesmo período do ano passado e também segundo maior número da história, perdendo por pouco do recorde que também é de 2004 (48.941). Ao considerarmos a média histórica do período (24.850), em 2016 ocorreram 93,9% a mais. Nos dois primeiros dias do mês de agosto já existiam 1.237 focos.
Os estados campeões das queimadas são Pará, Tocantins e Mato Grosso e os biomas mais ameaçados são as florestas tropicais da amazônia legal e o cerrado. No estado de São Paulo foram 1.702 focos ou 141% a mais que 2015.

Reservatórios de água do estado e de Bebedouro

Apesar da seca que atinge todo o sudeste brasileiro, no estado de São Paulo em geral e Bebedouro em particular, não chove há quase 30 dias, o nível dos reservatórios ainda não preocupa, mas como o período chuvoso nessa região ainda demora a chegar, a luz de alerta já está acesa e economizar água deve ser uma preocupação constante na vida dos cidadãos.
Em nossa cidade a situação, até agora, é confortável e as estações de captação estão em nível normal. As capacidades dos nossos reservatórios são as seguintes: Cap 1= 35 mil m³, Cap 2 = 25 mil m³, Chácara Bianca = 100 mil m³ e Lago Artificial = 600 mil m³.
A reportagem da Gazeta ouviu o diretor do Saaeb, engenheiro Gilmar Feltrim, sobre o estado em que se encontram nossos reservatórios. ““Estamos em um período crítico, de baixa umidade do ar e com muitas queimadas. A população precisa fazer sua lição de casa. O gasto com água tem sido de 190 litros por habitante, muito para o período de frio. Hoje, os reservatórios estão funcionando dentro de sua capacidade, mas precisamos pensar no futuro. E se não chover o esperado na época de chuvas? “Temos que evitar lavar calçadas, carros, desperdiçar água”, diz Fetrim, informando que a fiscalização será retomada. “Hoje, o lago é o nosso maior reservatório e está entre os maiores da região”.

Publicado na edição nº 10018, de 4 e 5 de agosto de 2016.