Foragido inocenta Capez, diz advogado

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Em SP, desembargadora não relaxa pedido de prisão do foragido Marcel Ferreira Júlio e advogado diz que, por enquanto, ele não vai se entregar.

Após informação de que desembargadora de São Paulo não aceitou liminar para relaxamento de prisão do apontado como lobista do esquema da Máfia da Merenda, Marcel Ferreira Júlio, a Gazeta falou com seu advogado. Luiz Fernando Pacheco atua na defesa de Júlio e revela que, em princípio, seu cliente vai aguardar o julgamento do Habeas Corpus para se entregar.

Gazeta de Bebedouro – O cliente do senhor está com prisão decretada e pela informação que obtivemos a juíza desembargadora não aceitou flexibilizá-la. O que o senhor pretende fazer agora? Marcel deve se apresentar em Bebedouro?
Luiz Fernando Pacheco – A Desembargadora negou liminar em Habeas Corpus. O HC em si deverá ser julgado em mais ou menos 30, 40 dias. Acreditamos vivamente na concessão do Habeas, eis que nada justifica esta prisão temporária.

Gazeta – É possível adiantar o que seu cliente irá esclarecer às autoridades?
Pacheco – Em linhas gerais, Marcel vai esclarecer que ajudou a Coaf a vender suco de laranja para a Secretaria de Educação. Para tanto, por recomendação de Marcel, a Coaf contratou o sr. Jéter e este teve sucesso em suas gestões junto à Secretária que, efetivamente, acabou por comprar suco da Coaf. Jéter era funcionário no gabinete do Deputado Capez, porém informou a Marcel e à Coaf que isso não tinha nada a ver com o serviço que prestaria para a Coaf. Tanto assim, que firmou contrato com a Coaf e emitiu notas fiscais referentes aos pagamentos que recebeu.
A atuação de Marcel, no que toca a essa venda de suco, foi absolutamente lícita, não tendo praticado nenhum ato ilícito. E essa venda foi a única que Marcel intermediou para a Coaf, ou seja, todas as outras prospecções de negócios, notadamente com prefeituras, não foram em frente.

Publicado na edição nº 9957, de 5, 6 e 7 de março de 2016.