Greve dos bancos entra na 2ª semana

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Bancos devem aderir à paralisação integral a partir de terça-feira. 

Sem previsão de término, a greve dos bancos entra na 2ª semana. A partir de terça-feira (13), as agências privadas aderem à paralisação integral, segundo o diretor de relações intersindicais do Sindicato dos Bancários de Barretos e Região, Fábio Medeiros.
“Outra rodada de negociações acontece na tarde de terça-feira e para pressionar os patrões, todas as agências vão aderir à paralisação integral. A greve não é boa para a população e muito menos para os profissionais da categoria. Mas, infelizmente, não temos opções. Estamos tentando negociar desde agosto”, enfatiza Medeiros.
A última proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) foi de reajuste de 7% na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.
A categoria reivindica 14,57% de aumento (9,57% de reposição das perdas com inflação e 5% de aumento real).
“Essa proposta de apenas meio por cento a mais que a primeira proposta de 6,5% foi considerada desrespeitosa pela categoria, frente ao lucro que eles obtiveram no último ano. Não cobre ao menos a inflação”, critica Medeiros.
Segundo a Federação Nacional dos Bancos, o braço sindical dos bancos, a proposta representa um aumento, na remuneração, de 15% para os empregados com salário de R$ 2,7 mil, por exemplo. Para quem ganha R$ 4 mil, o aumento de remuneração será de 12,3%; e, para salários de R$ 5 mil, equivale a 11,1%. O piso salarial para a função de caixa, com o reajuste, passaria a R$ 2.842,96, por jornada de 6 horas/dia.
“É importante ressaltar que as soluções encontradas na mesa de negociação variam conforme a conjuntura econômica e que a proposta apresentada neste ano responde a condições específicas pela qual passa a economia brasileira”, diz a entidade dos bancos.

Publicado na edição nº 10034, de 13 e 14 de setembro de 2016.