
“Costumo dizer que estou chutando com os dois pés e ainda cabeceio!”. É assim mesmo, com muito bom-humor, que Hely Simões define sua excelente saúde aos 89 anos de idade. Natural de Viradouro, ele chegou a Bebedouro aos 12 anos. Quem não conhece esse ilustríssimo personagem da Rádio Bebedouro, emissora fundada com sua participação, há 66 anos? E quem não pensa em seu nome quando o assunto é ética e seriedade no radiojornalismo? É, não há como negar, Hely Simões é nosso, é de Bebedouro, é uma das figuras mais importantes e incríveis da Cidade Coração! Você sabia que, entre as frestas do Muro das Lamentações, em Jerusalém, existe um pequeno papel com pedidos para Bebedouro, que ele mesmo escreveu? Pois é isso mesmo. Às vésperas de completar 90 anos de idade, Hely Simões abre seu coração para a Gazeta e conta passagens da sua vida que muita gente não conhece. Um homem íntegro, simpático, simples e de muita história que a Gazeta tem a honra de eternizar a partir deste momento.

GB – Onde nasceu? E quando?
Hely – No dia 2 de julho de 1922, na cidade de Viradouro, onde minha família morava.
GB – Quando mudou-se para Bebedouro? Por que?
Hely – Meu pai era ferroviário e em 1935 ele foi transferido e promovido, de chefe da estação de Viradouro para inspetor do tráfego da 3ª divisão da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, compreendendo o trajeto entre Rincão e Colômbia, ficava sob a responsabilidade dele. Por isso passamos a residir aqui em Bebedouro. Vim com 12 anos de idade, logo depois que terminei o grupo escolar de Viradouro.
GB – Onde estudou?
Hely – Não me lembro o nome da escola. Aqui em Bebedouro estudei na escola do Comércio, onde me formei como contador. Depois me formei no ginásio municipal, e acabei indo estudar Direito em Uberaba (MG).
GB – Como foi sua infância? Quais lembranças tem dela?
Hely – No ginásio tinha as fanfarras, então a gente de vez em quando pegava as “caixas” e saía batendo… (risos)
GB – Do que o senhor tem mais saudade?
Hely – De tudo, minha memória ainda está boa, graças a Deus! Tenho saudade do Tiro de Guerra, onde fiquei um ano, saudade da juventude, da época em que ía à escola, depois ao ginásio, convivia com a sociedade, namorava, tinha namorada aos montes! (risos)
(…)
Leia mais na edição n° 9419, dos dias 30 de junho, 1 e 2 de julho de 2012.