

Combustível
Na tarde de segunda-feira (28), uma unidade do Posto do Lago recebeu combustível, após liberação e escolta feita pela Polícia de um caminhão estacionado na Feccib nova, porém apenas para abastecimento de veículos oficiais e de serviços de emergências, com aproximadamente 3 mil litros de combustível.
Já o Posto da Coopercitrus, na área central, permanece com estoque zerado e sem programação para recebimento, assim como o Posto do Shopping, que tinha diesel até segunda-feira (28) e teria solicitado carregamento para distribuidora em Ribeirão Preto, mas até o momento não havia previsão de liberação.
Saúde
De acordo com a diretora do Depto. de Saúde, Sonia Junqueira, nenhum serviço ou paciente teria sido prejudicado no Hospital Municipal Júlia Pinto Caldeira. Nem medicamentos teriam deixado de ser entregues. Até mesmo as cirurgias eletivas foram mantidas, até o momento. A semana que vem é preocupante, segundo Junqueira, caso a situação não seja normalizada.
Na Unimed, a informação repassada à equipe de reportagem é que os pacientes e serviços também não teriam sido afetados. Ambulâncias estavam sendo abastecidas e insumos hospitalares e medicamentos não estão em falta.
As duas farmácias consultadas não têm problemas nos estoques, até o momento.
De acordo com o Ibene (Instituto Bebedouro de Nefrologia), os insumos para hemodiálise são suficientes para os próximos dez dias e um novo abastecimento está programado para quarta-feira (30), os pacientes não foram prejudicados com a paralisação.
Saneamento
De acordo com o diretor do Saaeb (Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto de Bebedouro), Gilmar Feltrim, o serviço prestado pela autarquia está seguro até os próximos 15 dias. Feltrim teria conseguido a liberação de um dos carregamentos com produtos para tratamento da água, através de oficio e negociações com os manifestantes.
Gêneros alimentícios
Nos supermercados, por volta das 11h30 de terça-feira (29), a situação era: no Laranjão, o gerente Francisco Bution explica que desde terça-feira da semana passada não teriam recebido nenhum caminhão: “Frios, carne bovina e suína não temos mais, apenas alguns cortes de frango. Hortifrúti não existe. Feijão existem poucas unidades. Gás de cozinha acabou, a padaria não está funcionando. Estamos limitando os produtos, três por cliente e dando folga para alguns funcionários”, relata.
No Sesé, o funcionário informa que legumes e verduras estão em falta, poucas unidades e opções ainda podem ser encontradas, por terem sido entregues por produtores locais. O primeiro item que teria acabado foram os ovos. No momento, pães de forma e francês também não eram mais encontrados, assim como alguns tipos de carne e leite prestes a acabar. O estoque deve ser suficiente por apenas quatro dias, sem previsão de entregas. Na quinta-feira (31 de maio), o supermercado não será aberto.
Às 12h35, no Iquegami, a situação parecia, ainda, ser tranquila, segundo funcionária: “Estão faltando alguns legumes, frutas, frango e alguns cortes de carnes. Não estamos recebendo nenhum tipo de produto, nem fazendo entregas em domicilio na cidade, já que os manifestantes não permitiram. Estamos ainda limitando os produtos por clientes, principalmente arroz e açúcar”. O estoque de produtos não perecíveis deve ser suficiente para quinze dias.
Gás
Estabelecimento consultado a rua Vanor Junqueira Franco, teve seu produto esgotado no sábado (26) e não há previsão de entrega.
Em outra distribuidora, na avenida Pedro Paschoal, também havia terminado o estoque na manhã de hoje. Com previsão de entrega só após regularização da manifestação.
Feriado
A missa única de Corpus Christi que seria realizada na praça Nivaldo Salvador, defronte ao Educandário Santo Antônio, às 8h, de quinta-feira (31 de maio), foi cancelada. O frei Luís Fernando Nunes Leite, desculpou-se com os fiéis, informando que cada paróquia realizará a sua celebração, com os horários a serem divulgados na edição impressa da Gazeta de Bebedouro na quinta-feira (1º de junho). Com isso, Dom Eduardo Pinheiro da Silva, que presidiria a celebração, não estará mais presente e deve permanecer em Jaboticabal. As procissões devem ocorrer após as missas, no entorno das paróquias.
Números
A Polícia Militar Rodoviária que monitora as paralisações em toda região permanece informando que o número de manifestantes em Bebedouro seriam de 200 caminhões de maneira pacífica, na SP 322, Km 397. A olhos nus, o número é bem maior. Considerado acima de mil, pelos manifestantes.
Usinas de cana paralisam atividades em SP
A Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) informa que até terça-feira (29), todas as 150 usinas e os 14 mil fornecedores de cana-de-açúcar do Estado de São Paulo estão paralisados, em virtude da greve dos caminhoneiros. Segundo a associação, a medida ocorre por falta de diesel e peças para máquinas e equipamentos, além de alimentos para refeitórios e outros insumos.
Em São Paulo, o setor gera mais de 310 mil empregos diretos e responde por 60% da produção brasileira de açúcar e etanol. “Este contingente processa diariamente mais de 2 milhões de toneladas de cana, produz 150 mil toneladas de açúcar e 100 milhões de litros de etanol por dia”, com perda diária de receita de R$ 180 milhões, informou a Única, em nota, ressaltando que o cenário é preocupante porque, além de aumentar os custos de produção, a queda no faturamento pode “comprometer a sobrevivência de empresas que já estão com nível de endividamento elevado diante da crise vivenciada pelo setor sucroenergético”.
A Unica informa que o atraso no período de moagem da cana, que está em plena colheita da safra 2018/2019, “pode trazer ônus expressivo ao setor e comprometer severamente a entrega dos produtos e a postergação do período de moagem”.