Conhecida por sua generosidade, ela dedicou sua vida aos trabalhos assistenciais.
Foi sepultada na tarde de quinta-feira (10), no Cemitério Municipal, o corpo de Margarida Maria Mesquita Ribeiro, que faleceu aos 86 anos, na quarta-feira (9), vitima de insuficiência respiratória.
Natural de Restinga, dona Margarida era filha de Juvenal Mesquita e Maria da Conceição Conrado Mesquita. Mudou-se para Bebedouro com seu esposo José Deocleciano Ribeiro Filho (in memorian), em 1953.
Dona Margarida deixa os filhos José Carlos, Marcos, Aloysio, Maria Cristina, Fábio e Fernando; os netos Flávia, Ricardo, André, Fernanda, Renato, Melanie, Lucas, Maria Isabel e Laís; e os bisnetos Henrique, Pedro e Felipe.
Conhecida por sua generosidade e humildade, dona Margarida dedicou sua vida aos trabalhos assistenciais, dentre eles, o SAF (Serviço Assistencial às Famílias), da qual foi diretora por dezenas de anos.
“Meus pais eram muito amigos de sr. Juca e da dona Sarah. Juntos, trabalharam muito em prol de Bebedouro. Eles ajudavam a classe política e elas eram voluntárias nos trabalhos assistenciais”, conta o filho mais velho, médico José Carlos, ressaltando que uma das principais características de sua mãe era a dedicação em ajudar ao próximo. “Sempre ajudou a todos. Um dos episódios mais marcantes foi quando meu irmão Fernando ficou com broncopneumonia e não podia deitar. Ela ficou segurando-o no colo por três dias seguidos sem descanso. Nós revezávamos, mas ela foi quem mais se dedicou na cura dele, que quase morreu. Recordo-me dela mesmo exausta, de madrugada, cuidando dele”.
Emocionado, o também filho, advogado Fábio Mesquita Ribeiro recorda-se da trajetória da mãe com orgulho, “não há palavras para descrever a nossa dor. Ela sempre apoiou meu pai e seus filhos. Meu sentimento é de imensa gratidão pela mãe que ela foi. Ela cuidou, criou e formou seis filhos (emoção). Com muita humildade, dedicou-se aos trabalhos assistenciais e só parou quando ficou doente. Ela era uma pessoa muito especial”.
O engenheiro Marcos Ribeiro, o segundo filho, recorda-se com carinho dos momentos vividos com sua mãe, “ela está levando um pedaço da gente com ela. Mesmo sabendo que ela estava doente e sofrendo, o sentimento de perda é algo que não podemos explicar. Apesar dos médicos dizerem que ela estava inconsciente, sei que ela tinha momentos de consciência. É uma dor imensa. Era uma pessoa simples e amorosa”.
O neto Lucas Ribeiro, filho de Maria Cristina, conta que mesmo morando longe, recebia muitos mimos da avó. “Ela era muito querida por todos os netos. Quando passávamos as férias em Bebedouro, ela fazia de tudo para nos agradar. Todo dia tinha bolo. As pessoas dizem que ela era séria, mas conosco era só diversão e brincadeira”, contando que seu bolo de chocolate era imbatível.
“Bolo de avó, simples e gostoso. Vamos sentir muitas saudades, especialmente no Natal quando reuníamos todos”.
Com emoção, recordou-se Sarah Cardoso, diretora da Gazeta: “Dona Margarida era daquelas amigas que em qualquer circunstância estava presente. Eram três casais amigos e inseparáveis: dr. Ribeiro, sr. Victório Cardassi e meu pai, Juca Caldeira. E as esposas, dona Margarida, dona Edméia e minha mãe, Sarah. Tudo eles faziam juntos e quantos sonhos eles fizeram virar realidade pelo bem de Bebedouro. Quando se reuniam, logo já inventavam algo para realizar. Com a morte de dona Margarida, a tristeza ficou grande trazendo lembranças de quãos bons tempos tivemos o privilégio de viver, junto a pessoas tão especiais, tão corretas e solidárias, como foram eles, como foi dona Margarida”.
À família de dona Margarida Mesquita Ribeiro, as condolências da Gazeta de Bebedouro.
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Leia mais na edição nº 9718, dos dias 12 e 13 e 14 julho de 2014.