
No esporte, na política e na vida pessoal, não há sucesso permanente sem estratégia.
Com certeza, os torcedores da Inter, leitores da Gazeta, ficaram revoltados com a goleada de 8 a zero sofrida pela Inter. Passados 30 dias, as mesmas pessoas devem estar satisfeitas ao ver a campanha do Lobo Vermelho, classificado, e saber que o antigo algoz em campo, o Matonense, entrou em uma crise sem fim.
Parece frase de livro de autoajuda, mas nada mais didático do que as derrotas. E nada mais inebriante do que as vitórias, ambas são resultado de muitos fatores.
Grandes políticos como Abraham Lincoln e Winston Churchill, antes de serem eleitos, sofreram vergonhosas derrotas. E não foram poucas as pessoas que os recomendaram desistir da política. Sorte para a história do mundo, que senão perderia dois grandes líderes, fundamentais na luta contra a opressão.
O necessário é aprender com os erros cometidos, traçando novas estratégias e modificando procedimentos. Por exemplo, não é por acaso que a Coca Cola ainda é o refrigerante mais consumido no mundo. Há forte investimento em marketing, treinamento e satisfação do cliente.
De todas as áreas, a política tem demonstrado ser a mais difícil de analisar resultados. Pode-se notar pela presidente Dilma que enfrenta oscilações nos índices de intenção de votos. Parece ter imaginado que manter o estilo Lula, surtiria o mesmo efeito. Ledo engano. Como no esporte, cada partida traz um resultado. Na política, cada governo, uma consequência. Não existe manual de vitória certa, mas planejamento constante com extrema auto-crítica.
Publicado na edição nº 9583, dos dias 13 e 14 de agosto de 2013.