No início da semana, isolamento social no Estado atinge 50%

Para o Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo, a adesão ideal para controlar a disseminação da Covid-19 é de 70%.

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Novos anúncios – Dentre as medidas de quarta-feira (15), João Doria, acompanhado pelos secretários Patrícia Ellen, José Henrique Germann e Célia Parnes, além do médico infectologista, David Uip, confirma a entrega dos kits Alimento e Higiene e Limpeza Solidários. (Divulgação/Governo de SP)

O percentual de isolamento social no Estado de São Paulo, na segunda (13) e na terça-feira (14), foi de 50%, de acordo com dados do Simi/SP (Sistema de Monitoramento Inteligente).

Para o coordenador do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo, David Uip, a adesão ideal para controlar a disseminação da Covid-19 é de 70%.

“Se a taxa continuar baixa, o número de leitos disponíveis no sistema de saúde não será suficiente para atender a população. Na região do Grande ABC, a pressão do Sistema de Saúde está acima de 70%”, mencionou o médico infectologista, mostrando-se preocupado também com o aumento do número de mortes no Estado. “Isto demonstra a gravidade de muitos casos. Dados relevantes que mostram a necessidade de mantermos e ampliarmos as medidas já editadas pelo Governo do Estado: distanciamento social e o ficar em casa, porque isto tem impacto relevante tanto na curva de transmissibilidade, quanto na morbidade, e também na letalidade da doença”.

A central de inteligência analisa os dados de telefonia móvel para indicar tendências de deslocamento e apontar a eficácia das medidas de isolamento social. Com isso, é possível apontar em quais regiões a adesão à quarentena é maior e em quais as campanhas de conscientização precisam ser intensificadas, inclusive com apoio das prefeituras.

Segundo o Estado, as informações são aglutinadas sem desrespeitar a privacidade de cada usuário, sendo que os dados de georreferenciamento servem para aprimorar as medidas de isolamento social para enfrentamento ao coronavírus.

 

Óbitos

O Estado registrou aumento de 81,7% nas mortes pelo coronavírus, na última semana. Na quarta-feira (15), São Paulo tem 778 mortes, com 83 novas desde terça-feira (14). Até a quarta passada (8), eram 428 vítimas fatais.

O número acumulado desde a primeira confirmação de caso em São Paulo (25 de fevereiro) já é maior do que o total de vítimas de H1N1 no primeiro ano dessa pandemia, em 2009. Foram 585 mortes por esse tipo do vírus Influenza e 8.663 casos.

Pelo segundo dia consecutivo, SP tem pico de internações de confirmados para Covid-19, com mais de 2,2 mil pacientes assistidos em hospitais. São 1.132 em leitos de UTI e 1.200 em enfermarias.

Além disso, são 11.043 casos, alta de 64,6% também neste intervalo (até sete dias atrás, foram 6.708 casos,). Já são 199 cidades com pelo menos um caso e 78 municípios com no mínimo um óbito. Entre as vítimas fatais estão 463 homens e 315 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 79,8% das mortes.

 

Alimento e Higiene e Limpeza Solidários

João Doria confirmou na coletiva, de quarta-feira (15), a entrega das primeiras 20 mil cestas do projeto Alimento Solidário, para a população em extrema pobreza do Estado, durante a pandemia do coronavírus.

Serão distribuídas quatro milhões de cestas de alimentos, um milhão por mês até julho. O projeto, que tem investimento mensal de R$ 110 milhões, beneficiará famílias cadastradas no CadÚnico, com renda de até R$ 89 per capita mensal. Para receber a cesta, o beneficiário deverá apresentar o Número de Identificação Social (NIS).

Já o programa “Higiene e Limpeza Solidária” é voltado para o atendimento das famílias em situação de extrema vulnerabilidade social da Região Metropolitana de São Paulo. Serão entregues 300 mil cestas por mês pelo período de quatro meses, totalizando 1,2 milhão de kits.

Os kits serão entregues às famílias registradas no CadÚnico (Cadastro Federal de Programas de Assistência Social).