Nosso lixo de cada dia

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Os governos precisam achar soluções mais avançadas para eliminar aterros sanitários.

Para a dona de casa não há alívio maior que ver o caminhão de lixo levando tudo que não presta, embora. Mas pouca gente reflete qual o destino final de tudo aquilo. Não é a toa que os aterros sanitários ficam longe dos perímetros urbanos. Por normas sanitárias, devem ser instalados em quilômetros de distância das cidades, mas este afastamento também serve para aliviar a consciência de muita gente.

Assim como aconteceu com Bebedouro, o aterro sanitário é solução temporária, porque o volume de lixo de toda população esgota a capacidade de armazenamento. Transitoriamente pode-se enviar para outros aterros, particulares, mais onerosos para os cofres públicos. Mas estes também esgotarão, e enviar para outros locais, ficará cada vez mais caro.
As prefeituras de Bebedouro, Barretos e Colina estão em entendimento para a solução definitiva do lixo. A concessão será para iniciativa privada criar mega usina de processamento com tecnologia adequada para incineração do lixo, sem risco para o meio ambiente.
A solução vem do continente europeu onde não há mais aterros sanitários. Os governos e até empresários começaram abominar esta alternativa, porque as terras onde são feitos os aterros ficam emprestáveis por décadas, impossibilitadas de serem usadas para agricultura ou mesmo empreendimento imobiliário.
Além da criação deste consórcio regional para ter esta mega usina de processamento de lixo, é preciso incentivar a população para a coleta seletiva. Em Bebedouro, por iniciativa de educadores e alguns militantes ambientais, houveram algumas tentativas que duraram apenas o tempo de tornarem-se manchetes de jornais.
O Plano Municipal de Saneamento prevê a implantação do lixo mínimo. Inclusive isto deveria ter sido implantado nos últimos quatro anos, mas para variar, o assunto foi empurrado para debaixo do tapete. Porém, financeiramente, não há como a atual administração, usar a mesma estratégia. Quanto mais lixo se enviar para incineração, mais caro sairá aos cofres públicos.

 

Publicado na edição nº 9546 dos dias 14 e 15 de maio de 2013.