
O aumento da expectativa de vida nos últimos anos aumentou, e como consequência, tivemos crescimento significativo de idosos. Pelo fato de alcançarem vida mais longeva, requer-se mais cuidado com este público, que passa a conviver com mais debilidades em razão do avanço natural da idade.
Nesta fase da vida é comum que, ao menos uma vez ao ano, o idoso sofra uma queda, sendo a maioria delas dentro do próprio lar. Fraqueza muscular, diminuição do equilíbrio e reflexos mais lentos, problemas de visão, entre outros problemas, ajudam a explicar alguns acidentes domésticos, responsável por ser a quinta principal causa de óbito nesta faixa de idade.
Uma frase clichê, mas que serve muito bem para esse tipo de situação, é que a prevenção é o melhor remédio. Além de manter hábitos saudáveis com atividades físicas regulares, sempre acompanhadas por médico profissional, é fundamental adaptar os cômodos da casa para manter o idoso seguro no local.
Deixar o ambiente favorável com a remoção dos móveis que estejam atrapalhando a circulação da casa, instalar corrimão nas escadas, utilizar pisos ou tapetes antiderrapantes, instalar barras de apoio no box, colocar os utensílios em posição de fácil acesso – para que sejam alcançados sem ajuda de escadas e cadeiras e manter luz acesa, são pequenas mudanças que fazem grande diferença na hora de evitar a queda.
Estes e outros cuidados adotados nas residências não substituem a necessidade das consultas de rotina com profissionais de saúde, por ser uma fase da vida que exige maior cuidado.
O efeito colateral de um medicamento de uso contínuo ou uma dificuldade de enxergar devido à idade são alguns exemplos de situações que colaboram e facilitam para a incidência de quedas, que são mais perigosas e suscetíveis a complicações graves.
Uma fratura de fêmur geralmente acarreta um grande comprometimento do quadro de saúde, com grandes chances de desenvolver complicações cardiorrespiratórias e embolia pulmonar.
É importante salientar que, em casos de queda, recomenda-se breve avaliação médica para examinar minuciosamente possíveis lesões e causas que ajudaram a concretizar o ocorrido.
Em sua maioria, quedas são inesperadas e difíceis de serem previstas. Após o diagnóstico clínico e autorização para retomada da rotina dentro e fora de casa, é fundamental que os parentes apoiem o familiar, apontando os cuidados e atenção necessária no dia a dia, pois a idade avançada não implica em nenhuma incapacidade para realização de qualquer atividade.
(Colaboração de Lucia Palma, formada em Gestão de Marketing pela Anhembi-Morumbi, CEO e fundadora do Portal Casas de Repouso).
Publicado na edição 10.688, quarta, quinta e sexta-feira, 3, 4 e 5 de agosto de 2022.