
E o que se vê? Ataques, ofensas, escândalos, farsas…
Chegou o grande momento da população decidir sobre o futuro da cidade. Dois números digitados na urna eletrônica podem confirmar uma virada em Bebedouro ou anular a única chance real que todos têm de consertar o destino desta bela cidade.
Por lei, tivemos três meses para que cinco candidatos usassem todo tipo de propaganda eleitoral para debater os problemas de Bebedouro, que são muitos, e apresentassem as sugestões para solucioná-los.
Mas alguns candidatos abandonaram a ética para investir tudo em comícios, programas eleitorais e até nas redes sociais, a fazer todos os tipos de ataques sobre a vida pessoal de um dos candidatos, certamente aquele que tem chances de ganhar o pleito.
Para piorar, nestes últimos dias, a cidade foi inundada por todo tipo de panfletos anônimos e até um suposto jornal com o estranho nome de Gazeta da Cidade, sendo a palavra Gazeta em letras garrafais e as demais bem pequenas. Este lixo de impresso além de usurpar a credibilidade do nome como é conhecido pela forma contrita o principal jornal de Bebedouro, publica uma suposta enquete colocando aquele candidato que sabidamente não tem chances, em primeiro lugar. Usando CNPJ de uma empresa instalada no Rio Grande do Sul (distribuidora de gás) e um jornalista responsável com registro supostamente de outrem, tentam iludir a boa fé dos eleitores.
Tudo isto são sintomas de uma cidade que está extremamente contaminada pela corrupção, pela falta de decoro, de respeito, em tantos segmentos importantes, como a administração pública. Nunca em toda história de Bebedouro, a cidade foi tantas vezes notícia regional e até em âmbito nacional, por escândalos políticos.
Sem qualquer compromisso com o jornalismo e de rabo preso com políticos, pessoas abrem jornais de fachada para servirem a qualquer interesse – menos divulgar a verdade.
Ao mesmo tempo, Bebedouro perdeu investimentos, sofreu com o fechamento de uma indústria de suco e está à beira de uma séria crise na citricultura.
Com tantos problemas assim, é triste ver que 4 contra um perdem tempo com ofensas e ataques pessoais. Se algum destes políticos ganhar nas urnas, a Gazeta vai respeitar o resultado, claro, mas sem nenhuma fé na mudança desta cidade.
A grande verdade é que a oportunidade de dar um basta nesta situação está nas mãos do eleitorado. Dois dígitos na urna podem transformar a cidade. E vão. A Gazeta acredita no bom senso dos bebedourenses, acrescentando que o que povo quer, é ser ouvido, é receber atenção e carinho. É só ver quem fez isso na campanha… e faz fora dela.
Publicado na edição n° 9459, dos dias 6 e 7 de outubro de 2012.