Oscilações de energia elétrica precisam de solução

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Concessionária precisa ser convocada para dar esclarecimentos à população.

Há anos, os moradores de Bebedouro têm reclamado das oscilações de energia elétrica. Também não é preciso chuva forte para sofrermos com interrupções de fornecimento. Principalmente no final da tarde até o anoitecer, basta olhar para as lâmpadas e perceber as variações de luminosidade ou ouvir o tic-tac dos estabilizadores de energia, ligados computadores, procurando estabilidade.
A percepção dos moradores não é só visual, mas também financeira, porque sofrem com frequentes problemas em seus equipamentos eletrônicos, sensíveis às variações inexplicáveis de energia. Computadores, modens, eletrodomésticos fragilizam-se com o passar do tempo.
Algumas pessoas já precavidas adquiriram o hábito de registrar boletins de ocorrência para preservação de seus direitos. O documento é importante para cobrar da concessionária de energia elétrica, o ressarcimento a que têm direito.
Mas a indenização não é suficiente para cobrir a sensação de insegurança com a prestação de serviço das mais vitais para a vida de todos. É urgente exigir da CPFL Paulista, mais do que alegações, mas o compromisso de estudar o que está acontecendo e resolver em definitivo o problema.
O ideal seria que os vereadores convocassem uma audiência pública bem organizada, com espaço para que os consumidores relatem seus problemas, alicerçados pela opinião de especialistas e, ao final, ouvir os representantes da concessionária.
As alegações de que as oscilações no fornecimento decorrem do alto consumo no verão é tão descabida quanto dizer que a falta d’água é pelo excesso de consumo. O alto valor cobrado nas tarifas deveria contemplar planejamento e investimentos.
Também não vale culpar as árvores pela oscilação de energia, porque a concessionária coloca seus cabos em canalizações subterrâneas, providência corriqueira em outros países. Só faltava exigirem o corte das poucas árvores que temos.
Deve ser estabelecido um prazo para que providências sejam tomadas, e em caso de descumprimento só nos resta ir para a próxima etapa, pedir auxílio à Promotoria de Defesa do Consumidor, no Ministério Público Estadual, em nome do interesse coletivo.
Enfim, o que não pode continuar é a cobrança por um serviço aquém da qualidade que a população e as empresas precisam e merecem.

Publicado na edição nº 9647, dos dias 18, 19 e 20 de janeiro de 2014.