Parlamentares destinam emendas ao combate do coronavírus

No total são R$ 219 milhões, sendo que destes, R$ 115 milhões serão destinados para 78 entidades de saúde, públicas e privadas, espalhadas pelas regiões do Estado de São Paulo.

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Coletiva - Presidente do Instituto Butantã, Dimas Covas, apresentou aos jornalistas, na manhã desta segunda, estudos mostrando a efetividade do isolamento social, neste período de pandemia.(Divulgação/Governo de SP)

Na manhã de segunda-feira (30 de março), em coletiva de imprensa, o governador João Doria informou que R$ 219 milhões serão destinados ao combate a disseminação do coronavírus e ao reforço do atendimento de saúde aos pacientes infectados. O valor é proveniente de emendas parlamentares do Congresso Nacional.
Destes R$ 219 milhões, R$ 83 milhões serão investidos na compra de mil respiradores e 180 mil kits de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) dentro do programa de implantação de novos leitos de UTI para atender casos graves do Covid-19.
Mais R$ 115 milhões serão destinados para 78 entidades de saúde, públicas e privadas, espalhadas pelas regiões do Estado de São Paulo e outros R$ 21 milhões serão repassados diretamente para a Prefeitura da capital, para fortalecimento das ações de combate à pandemia.
A bancada, coordenada pelo deputado federal Vinícius Poit (PSDB) é formada por 70 parlamentares de São Paulo de todos os partidos. A decisão das emendas foi definida em reunião com o vice-governador e secretário de governo, Rodrigo Garcia, e com o secretário especial e chefe do escritório de Representação do Estado de São Paulo em Brasília, Antonio Imbassahy.
Os recursos serão liberados gradualmente até 30 de abril e fazem parte do FNS (Fundo Nacional de Saúde), do Ministério da Saúde, oriundos de emendas impositivas da bancada de São Paulo.

Bom Prato

João Doria também anunciou, na coletiva à imprensa de segunda, a ampliação do serviço das 59 unidades do restaurante popular Bom Prato, mantidos pelo governo do Estado de São Paulo, oferecendo além do almoço e café da manhã, agora jantar e abertura aos finais de semana e feriados.
A partir de 1º de abril, a rede passará a servir 1,2 milhão de refeições a mais por mês, com o objetivo de atender principalmente, pessoas em situação de rua e famílias em extrema vulnerabilidade social, durante a pandemia do novo coronavírus.
“A partir desta quarta-feira, todos os 59 restaurantes do Bom Prato passarão a servir café da manhã, almoço e jantar. São 2,4 milhões de pessoas alimentadas a R$ 1 no almoço e no jantar e a R$ 0,50 no café da manhã. O investimento total é de R$ 18 milhões, para atender as pessoas que mais precisam, em situação de rua, desempregadas, sem renda ou com uma renda mínima”, afirmou o governador na coletiva, mencionando que a medida tem validade para os próximos 60 dias e que refeições serão servidas em embalagens descartáveis, já que não é possível se alimentar nos salões das unidades.
Outra decisão do Estado é a compra de verduras e legumes de pequenos produtores rurais do Estado, com investimento de R$ 1,5 milhão para as refeições do Bom Prato.
“Faço um apelo ao setor do agronegócio em São Paulo, para que possam fornecer também verduras e frutas de qualidade, para melhorarmos ainda mais a oferta nutritiva dos almoços, jantares e cafés da manhã”, solicitou o governador.

Enfrentamento ao Covid-19

Nesta segunda, Doria também anunciou a arrecadação de R$ 97 milhões em dinheiro, equipamentos e materiais, para intensificar o enfrentamento ao coronavírus em São Paulo. A arrecadação foi feita pela segunda semana seguida com uma rede de dirigentes e líderes empresariais e já soma R$ 195 milhões.
“Nós estamos solidários, mobilizando o Governo de São Paulo e o setor privado a atender às comunidades, aos desempregados, aos que mais estão sofrendo com a crise econômica e do coronavírus. Quero agradecer a todas as empresas e dirigentes que foram solidários e doaram R$ 195 milhões ao povo de São Paulo”, acrescentou.
Pela manhã, o governador participou de reunião por teleconferência com 232 representantes de empresas, com doações em espécie e também em respiradores para uso em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), máscaras, equipamentos de proteção individual, alimentos não perecíveis e produtos de higiene.
O material será destinado prioritariamente a profissionais de saúde e segurança e moradores de áreas carentes da Grande São Paulo.