

Nada demais em jogar alguém de uma ponte ou asfixiar um cidadão até a morte, não é mesmo?
Claro que a peripécia discursiva não apresenta qualquer amparo dentro de uma sociedade civilizada, muito menos nos ditames procedimentais das forças de segurança.
Recentemente, a mídia nacional tem destacado condutas de policiais que nem de longe traduzem a atuação dentro das balizas legais, muito menos servem para garantir a paz ou a segurança; ao contrário disso, revela despreparo de agentes que não representam a farda que usam.
Contudo, devemos estar vacinados da enxurrada de críticas exacerbadas sobre tais episódios que em sua maioria visam não noticiar o fato, mas sim, denegrir a atuação das forças de segurança ou até mesmo derrubar políticos, secretários de segurança e demais líderes, tendo por trás do pano de fundo uma verdadeira armadilha política.
É fato que dentro de toda e qualquer organização, seja ela empresa privada, órgão público, conselho, imprensa etc., existem os bons e os maus profissionais, não podendo, contudo, ações isoladas atingirem a credibilidade de todo organismo, sob pena de diminuir o trabalho de instituições sérias e, mais do que isso, necessárias para o convívio social.
Nessa linha, a população pode sim, confiar nas forças de segurança que merecem todo respeito, pois sem elas a sociedade não para de pé, já que manter a lei e a ordem imperiosas sobre as nuances dos anseios particulares depende de atuações de tais forças.
Como forma de contribuir para uma sociedade segura, onde o cidadão deve ter orgulho e enxergar numa farda a proteção e não o medo, o protagonismo editorial não deveria ser pautado pelos erros de agentes despreparados, cujos fatos deveriam ficar nos papeis coadjuvantes, dando espaço às verdadeiras cenas de heroísmo praticadas todos os dias por quem honra e dignifica a instituição da qual integra.
Por isso, generalizar atitudes reprováveis não ajudam já que causam temor no cidadão e descrédito das forças de segurança.
Acreditem e confiem nas forças de segurança. Elas são a ponta da lança e estão sempre prontas para proteger nossa sociedade.
Para a sociedade de bem, a proteção. Para o crime, a ação dura e destemida.
(Colaboração de Rogério Valverde, advogado, secretário municipal de Segurança Pública).
Publicado na edição 10.894, de 21 de novembro de 2024 a 10 de janeiro de 2025 – Ano 100