Prefeitura não aprovou projeto do ‘Banco de Alimentos’

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Sem esclarecimentos, diretores rejeitaram proposta da Coaf. 

Um dos projetos da Coaf (Cooperativa Orgânica de Agricultura Familiar) para este ano, era implantar na cidade, em parceria com a Prefeitura, o Banco de Alimentos, segundo o presidente da cooperativa, Carlos Alberto Santana, o Cal, em entrevista a Gazeta, no final do ano passado.
O projeto foi apresentado à Prefeitura no ano passado, porém não recebeu a aprovação do Executivo. “A Coaf precisaria de uma parceria com a Assistência Social, para que o governo federal destinasse recursos para o Banco de Alimentos. Assim como as entidades inscrevem seus projetos no Conselho de Assistência, pedimos à Coaf que fizesse o projeto mostrando como seria esta parceria”, explica a coordenadora da Promoção Social, Neliane Bibó.
Além da Assistência Social, o projeto foi debatido com diretores da Garagem e Desenvolvimento, Luís Carlos dos Santos e Lucas Seren, com a participação do Conselho de Assistência Social e alguns vereadores.
“O que nos foi apresentado foi o projeto no âmbito nacional, de forma verbal, mas queríamos o projeto documentado, abordando as necessidades de Bebedouro. O que precisávamos entender era como iria funcionar a operacionalização na cidade”, conta Bibó.
Na prática, o diretor da Garagem, Luís Carlos, explica que a proposta seria para que o Banco de Alimentos funcionasse dentro da Central de Alimentação. Os alimentos (verduras e legumes) seriam fornecidos pela Coaf, por meio da agricultura familiar.
“Na época, ficamos apreensivos porque a Central de Alimentação é voltada para a Educação, especificamente para a merenda escolar. Teríamos que montar outra estrutura, com contratação de recursos humanos, engenheiro de alimentos e até mesmo compra de veículos, já que envolveria outros departamentos, como a Assistência Social e a Saúde. O município não teria condições de arcar com isso”, explica Santos.
“Também não ficou claro no projeto, quem arcaria com os custos desta operacionalidade. Poderíamos fazer um co-financiamento, mas isso levaria tempo, planejamento”, completa Bibó.
“Com a experiência que nós temos do funcionamento da Central de Alimentação, estes custos seriam altos, mas o projeto não contabilizava estes valores. Não sabíamos quanto custaria”, diz Santos.

Conselho considerou projeto “complexo”

Cleliane Ravagnani presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, à época, diz que a comissão considerou o projeto complexo.
“Dentro do conselho, existem comissões de análise, que estudaram como funcionava o programa. Consideramos complexo porque é exigida estrutura grande, tanto da administração quanto do Conselho. Segundo eles (a Coaf), teríamos que fiscalizar os alimentos e não temos competência para esta atribuição”, justifica.

Publicado na edição nº 9943, de 30 e 31 de janeiro e 1º de fevereiro de 2016.