Recursos arrecadados podem suprir a falta de receita própria da administração.
A ideia de criar o Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico gerou polêmica no início, com receio de que os recursos não fossem bem aplicados. Houve desconfiança entre vereadores e até entre lideranças que lutam pelo fomento empresarial. A notícia de que parte do recurso será aplicado na reforma do antigo Mercado Municipal demonstra que a proposta é acertada.
Há anos, o Mercado Municipal está relegado a segundo plano, com pouquíssima manutenção que restringe-se tão somente a uma nova pintura ou substituição da porta de aço por vidro. Se o entorno é habitat de moradores de rua que lá vivem, comem, dormem, e tudo mais é porque se sentem à vontade.
Assim como aconteceu na boa parceria com o Sebrae que fez o remodelamento da Feira Livre, e que precisa ser retomado, o Mercado Municipal merece passar por revitalização em nome de sua importância histórica e localização estratégica. Deveria ser ressaltado por suas pecularidades.
O que falta ao antigo Mercado Municipal é parceria como aquela feita na entrada do Supermercado Laranjão, responsável pela recuperação do novo Mercado, ao lado do Terminal Rodoviário, outro lugar que também precisa passar por revitalização e incentivos aos permissionários.
Para que tudo isto dê certo, é vital o fortalecimento do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e consequente fiscalização da aplicação do Fundo Municipal. Bem composto haverá espaço para que a sociedade dê sugestões de aplicação dos recursos.
De forma paulatina, a cidade tem atraído novos investimentos, como Tracbel, Redes Extra e Dia, McDonald e outras empresas. Porém, é preciso estreitar os laços da Prefeitura com entidades de classe para que a cidade cresça de tal forma que o desenvolvimento econômico também seja social e adequadamente urbano.
Publicado na edição nº 9707, do dia 19 e 20 junho de 2014.