
Na segunda-feira (5), tem início a Campanha de Vacinação de Poliomielite e Multivacinação, com objetivo de atualizar a carteirinha de vacinação de crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos de idade.
Para garantir a prevenção contra a poliomielite, pais ou responsáveis por crianças entre 1 ano a menores de 5 anos devem levar seus filhos para receber a “gotinha”. A meta é alcançar cobertura vacinal de 95% dos 2,2 milhões de crianças, contribuindo com a redução do risco de reintrodução do vírus no Brasil. Hoje, o vírus circula no Afeganistão e Paquistão.
Simultaneamente, a campanha de multivacinação será focada na atualização de carteiras vacinais de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos. No total, serão oferecidos 14 tipos de vacinas que protegem contra cerca de 20 doenças: BCG (tuberculose); rotavírus (diarreia); poliomelite oral e intramuscular (paralisia infantil); pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, Haemophilus influenza tipo b – Hib); pneumocócica; meningocócica; DTP; tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); HPV (previne o câncer de colo de útero e verrugas genitais); além das vacinas contra febre amarela, varicela e hepatite A. Além disso, neste ano, também passou a integrar o SUS, uma nova vacina já inserida na campanha: Meningo ACWY, que protege contra meningite e infecções generalizadas, causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.
“A imunização correta garante a proteção contra complicações provocadas por diferentes tipos de vírus e, consequentemente, reduz casos e mortes. As campanhas contribuem para erradicação e para eliminação do risco de reintrodução de doenças no território”, explica a diretora de Imunização da Secretaria, Núbia Araújo.
A vacinação vai até 30 de outubro, prazo definido pelo Ministério da Saúde na campanha nacional. O Dia de Mobilização (Dia D) será no dia 17 deste mês, com postos abertos no sábado.
“Temos acompanhado os dados da cobertura vacinal em todo o estado e estamos em alerta com os baixos alcances. A Campanha de Multivacinação será um auxílio para aumentarmos a proteção e minimizarmos as chances de que as doenças retornem. Nosso objetivo é que o Estado de São Paulo tenha a maior cobertura vacinal entre os estados do país”, ressalta a coordenadora do Programa Estadual de Vacinação, Helena Sato.
CoronaVac
O Instituto Butantan iniciou o envio da documentação exigida pelo Ministério da Saúde para possível registro da CoronaVac, imunizante desenvolvido em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac.
Após resultados positivos nas duas primeiras etapas de estudos clínicos com voluntários na China e no Brasil, a vacina está no estágio final de testagem para atestar a eficácia na prevenção à Covid-19.
O Butantan enviou à Anvisa avaliação de dados preliminares de produtos biológicos para vírus e relatórios de eficácia e segurança obtidos até o momento com a Coronavac em testes não-clínicos (feitos em laboratório ou em animais, antes da testagem em humanos).
Na quinta (1º), a Anvisa confirmou que pode flexibilizar os critérios de eficácia para aprovar vacinas contra a doença, desde que em conformidade com parâmetros internacionais de regulação.
De acordo com o Butantan, a expectativa é que os voluntários sejam todos vacinados ainda em outubro, com imediato pedido de aprovação emergencial da CoronaVac, se a vacina for bem-sucedida. A meta é iniciar a campanha de vacinação contra o novo coronavírus, na segunda quinzena de dezembro, com prioridade para profissionais de todas as unidades públicas e privadas de saúde.
Na quarta-feira (30 de setembro), São Paulo e China assinaram o termo de compromisso com a biofarmacêutica Sinovac Life Science para fornecimento de 46 milhões de doses da vacina ao Estado de São Paulo até dezembro de 2020.
No valor de US$ 90 milhões, o contrato também formaliza a transferência de tecnologia para produção da vacina pelo Butantan. Até dezembro, a farmacêutica vai enviar 6 milhões de doses da vacina já prontas, enquanto outras 40 milhões serão formuladas e envasadas em São Paulo. O acordo foi assinado no Palácio dos Bandeirantes por João Doria, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e o vice-presidente mundial da Sinovac, Weining Meng.