
Prefeito Italiano (PTB) adota atitudes que deveriam ter sido implementadas desde o inicio de sua administração.
Será aberta em 16 de janeiro de 2013 a concorrência pública para escolha da empresa que fará o transporte coletivo de Bebedouro. Não há nada errado nisto, a não ser a época que o prefeito resolveu iniciar a concorrência pública. É fim do seu mandado e começo da nova administração.
É de comum acordo que a cidade precisa melhorar o transporte público. Com todo respeito que se deve ter com a Empresa Bebedourense de Transporte Urbano (EBTU) já são décadas sem qualquer concorrência. Seria interessante saber se outras empresas se habilitam a transportar a população com veículos melhores e implantação de sistema de integração.
Porém, a escolha de nova empresa de transporte público não pode acontecer de forma isolada. É preciso regulamentar de fato o serviço de mototáxis, uniformizá-los e impor regras para funcionamento.
Também deve ser incluída na proposta de mobilidade urbana, os taxistas. Precisa-se verificar se a quantidade de veículos autorizados é suficiente, e também exigir a colocação de taxímetros. Não se pode deixar de lado um sistema de rodizio, em que o usuário possa contar com serviço de táxis 24 horas. Atualmente, quem não tem amizade com um taxista, pode ficar na mão fora do horário comercial.
Diante disto tudo, a realização de concorrência pública agora, para escolha de nova empresa de transporte é atrasada e incompleta. Não se pode esquecer da polêmica em torno da última tentativa de Italiano em substituir a EBTU. Às pressas acabou em guerra judicial e a população quase ficou a pé.
Transporte público é coisa séria para ser resolvida no apagar das luzes de uma administração. Esta licitação corre o risco de não ser considerada pelas empresas. Igual a concorrência para compra de marmitas para funcionários. Ninguém apareceu no Depto de Licitação. Não era hora para isto.
Publicado na edição n° 9488, dos dias 18 e 19 de dezembro de 2012.