

A partir de quarta-feira (1º de julho), a vacina contra a gripe está liberada para todas as faixas etárias, visando a proteção da população contra o vírus Influenza, reduzindo o número de pacientes com sintomas respiratórios na rede de saúde de São Paulo. A medida, anunciada pela Secretaria Estadual de Saúde, foi definida após reunião do governador João Doria com especialistas.
A campanha também foi prorrogada até 24 de julho e a população pode ser vacinada enquanto houver doses disponíveis nos postos de saúde. A vacina é segura, eficaz e protege contra as complicações da gripe, como pneumonias.
Embora a imunização não esteja mais restrita aos grupos prioritários, a Secretaria de Estado da Saúde faz um apelo especial para a importância de ampliar a cobertura vacinal entre crianças com idade de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas, pois os índices nestes públicos ainda são inferiores a 60%.
Até a última semana, mais de 14,2 milhões de doses da vacina contra o vírus Influenza foram aplicadas em São Paulo, com 86,1% de cobertura entre os grupos prioritários. A meta de alcançar 90% da população-alvo foi atingida entre alguns públicos, alcançando 5,8 milhões de idosos (100%); 1,5 milhão de profissionais da saúde (100%) e 6,7 mil indígenas (100%).
Prevenção – Também a partir desta quarta-feira (1º de julho), a Vigilância Sanitária irá multar pessoas ou estabelecimentos comerciais que desrespeitarem o uso de máscaras em espaços comuns. Os valores arrecadados serão integralmente repassados ao programa Alimento Solidário, que distribui cestas de alimentos para famílias carentes.
Em estabelecimentos comerciais, a multa prevista é de R$ 5 mil por pessoa sem máscara, a cada fiscalização. Já em espaços públicos, como ruas e praças, a pessoa que não estiver usando a proteção será multada em R$ 500.
Juntas, as Vigilâncias Sanitária do Estado e das Prefeituras somam cerca de 5,5 mil profissionais que fiscalizam o cumprimento de leis de proteção e promoção da saúde pública.
Retorno das aulas presenciais – A Secretaria Estadual de Educação anunciou, na quarta-feira (24), a retomada de aulas presenciais em todos os níveis de ensino das redes pública e particular. O retorno está previsto para 8 de setembro. Na primeira de três etapas, as salas terão ocupação máxima de 35%, com revezamento de estudantes durante a semana.
O cronograma de reabertura das escolas está diretamente condicionado às fases de flexibilização do Plano São Paulo. A retomada das aulas presenciais só acontecerá se todas as regiões do estado permanecerem na fase amarela – a terceira menos restritiva segundo critérios de capacidade hospitalar e progressão da pandemia – por 28 dias consecutivos.
“Vinte e oito dias de fase amarela estará indicando uma estabilização consolidada, esperamos que várias regiões já estejam nas etapas verde ou azul. Esse período é o que vai indicar uma situação de segurança. Nós teremos os meses de julho e agosto para fazer as avaliações a cada ciclo de 15 dias”, explicou o Coordenador do Centro de Contingência do coronavírus, Carlos Carvalho.
Na segunda etapa, a previsão é que até 70% dos alunos poderão voltar às escolas. A meta será cumprida se ao menos 10 dos 17 Departamentos Regionais de Saúde do Estado permanecerem por 14 dias consecutivos na fase verde – quarta etapa com restrições mais brandas – do Plano São Paulo.
Para chegar à terceira etapa, que vai englobar 100% dos alunos, será necessário que ao menos 13 dos 17 Departamentos Regionais de Saúde estejam por outros 14 dias na fase verde. Se uma região regredir para as fases mais restritivas – vermelha e laranja, consideradas de alerta máximo e controle – a reabertura das escolas será suspensa em todas as cidades daquela área.
O programa para retomada das aulas presenciais foi detalhado pelo Secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares, por videoconferência. Rossieli recupera-se em casa, após internação por complicações decorrentes da Covid-19.
Procurado pela Gazeta, o secretário Municipal de Educação, Rodolfo Rodrigues afirma que o decreto estadual serve de base para as medidas que estão sendo tomadas no município. “A tendência é de seguirmos as orientações do Estado. Estamos desenvolvendo plano de trabalho para que o retorno gradual aconteça a partir de setembro, de acordo com as orientações também da Organização Mundial de Saúde e da Agência Nacional de Vigilância. Esperamos que até lá, a situação esteja bastante controlada para este retorno”, pondera o secretário.
Publicado na edição nº 10497, de 1º a 3 de julho de 2020.