
6 de junho de 1924, há exatos 96 anos, a Gazeta de Bebedouro foi fundada. Há apenas 4 anos do seu centenário, longe de holofotes, mas próxima de quem está sob luzes para ver transformarem-se em notícia, a Gazeta segue firme e resistente rumo aos 100 anos. Nestas fotos, a inauguração do Memorial da Gazeta, quando completava 90 anos, confirmando a máxima ‘O Tempo é o senhor da razão”. A família Pacheco Cardoso esteve reunida neste dia com memórias e saudades à mostra.
Frase da semana:
“A tampa do bueiro foi aberta e a verdadeira face das pessoas se revela. Feia.”
Laerte Rímoli, jornalista, referindo-se aos tempos vividos atualmente.
Contagem regressiva
Há 4 anos da comemoração do seu centenário, a Gazeta de Bebedouro completa 96 anos neste 6 de junho. Com muitos motivos para celebrar, não pela simples longevidade, mas pelo serviço relevante que presta à cidade que carrega com honra em seu próprio nome. Sempre enfatizo que a história de Bebedouro confunde-se com a história da Gazeta e vice-versa. E a Gazeta segue seu papel de levar informação, profissionalmente produzida, e lutar pelas conquistas que a cidade precisa. Não foram poucos os revezes, os momentos de pressão, seja no âmbito político ou econômico, vivenciados nestes 96 anos de existência. E a Gazeta segue firme, agora na cobertura da pandemia que assola o mundo e também nossa cidade, disponibilizando as matérias sobre o assunto na íntegra, inclusive aos não assinantes, porque acreditamos que a informação neste momento, precisa chegar a todos, independente da questão financeira.
Em números
Faltam pouco menos de 1.500 dias, para a Gazeta chegar ao seu centenário. Mas, daqui um mês, estará em circulação sua edição 10.500, somando mais de 100 mil páginas impressas. São milhares de histórias contadas fielmente, construindo as memórias da cidade. Sua verve já se lia em 1924: “A Gazeta de Bebedouro se apresenta hoje ao público solicitando um modesto lugar entre os que combatem pela grandeza desta cidade”. E nunca se desviou deste foco.
2ª fase
De 1943 até agora, passaram-se 77 anos. Tempo em que a Gazeta passou a viver outra fase, com a direção de Juca Caldeira, até sua morte, em 1.988, chegando aos dias atuais, à luz de seu exemplo. Esta fase, colocou a Gazeta em um patamar onde a seriedade e o profissionalismo foram, e continuam sendo, valores inegociáveis. E assim a Gazeta segue: firme, forte, digna e resistente em sua missão. Parabéns a Gazeta de Bebedouro, parabéns a Gazeta dos Bebedourenses, parabéns a Gazeta de Todos Nós.

Bate boca
A sessão da Câmara foi cenário de bate boca entre vereadores. Em sua fala, Mazzonetto (DEM) alegou ser responsável por conquista de verba para recape de rua no Residencial Centenário, cuja solicitação vinha desde 2017, mas que vereadores de oposição insistiam pela paternidade. Paulo Bola (MDB) rebateu dizendo “se somar tudo o que você (Mazzonetto) trouxe, não trouxe nada” (sic). Ofendido e pedindo questão de ordem, Mazzonetto voltou e reconheceu que Samuel Moreira e Baleia Rossi disponibilizaram verbas, mas incluiu Rafael Silva, de seu ex-partido, como benfeitor da cidade. Bola quis a palavra novamente, mas o presidente Tota não permitiu. Pronto…
Era a faísca que faltava para o partidarismo barraqueiro ser incendiado. Piffer (PSDB) tomou partido de seu companheiro Bola e Tota fez valer sua autoridade. Triste realidade.
Bate boca 2
Só que desta vez, os impropérios vieram de uma boca só. E o nobre vereador Chanel, num discurso esvaziado de argumentação, usou e abusou de repertório ofensivo ao prefeito e incluiu nos xingamentos, o que chamou sem citar nomes, de “imprensa marron”. E exatamente porque a carapuça não cabe a Gazeta, é que venho polida e respeitosamente, lembrar a Chanel, o significado dessa expressão pejorativa, que refere-se a veículo “que explora o sensacionalismo, dando larga cobertura a crimes, fatos escabrosos e anomalias sociais”, segundo o Novo Dicionário Aurélio, dando-lhe a cor marron… em tempos de luta contra o racismo, não poderia ser mais desastrosa a alusão. Passando à margem dessa fala pobre, a Gazeta de Bebedouro seguirá fazendo sua parte.
Recado
Moradores e empresários da avenida Raul Furquim precisam urgentemente revestirem-se do conceito plural da prática da cidadania, no que diz respeito a uma questão básica: cuidar do lixo que produzem. Não é admissível que até hoje, os lixos individuais continuem adornando os canteiros centrais da principal avenida da cidade.
O lixo é de cada um, não é coletivo. Responsabilizem-se por ele até sua coleta, porque isso é básico, é primário. Não basta bater no peito que se é politicamente correto, sem nem cuidar dos próprios detritos que produz. Pensem nisso.

Publicado na edição nº 10491, de 6 a 10 de junho de 2020.