97% dos casos de Covid-19 em Bebedouro já estão recuperados

Gazeta calcula taxa de letalidade por 10 mil habitantes e aponta índices de contágio em cidades da região.

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A postos – Governador João Doria, acompanhado de secretariado executivo, atendeu a imprensa, na quinta-feira (5), respondendo a diferentes questionamentos. (Divulgação/Governo de SP)

De acordo com boletim epidemiológico de sexta-feira (6), Bebedouro soma 1.595 pessoas infectadas por Covid-19, desde março deste ano, sendo 1.399 residentes em Bebedouro e 196 moradores da microrregião.
Do total de contaminados, três estão em isolamento domiciliar, apresentando sintomas da Covid-19. Há também 1.546 pacientes já recuperados da doença (97% do total), sendo 1.350 bebedourenses e todos os 196 moradores de municípios da região.
O número de vítimas fatais da Covid-19 subiu para 46 na quinta-feira (5), com o falecimento de homem, 59, hipertenso, em decorrência do novo coronavírus. No total, 27 pessoas morreram em hospitais locais e 19 em unidades de saúde de outras cidades.
O boletim aponta que há oito bebedourenses em UTIs, em tratamento da Covid-19, sendo sete em hospitais de Bebedouro e um em Barretos, além de outros dois infectados em enfermarias da cidade, com sintomas leves. Todos estes não constam do total de infectados.

Letalidade por 10 mil habitantes
A Gazeta calculou a letalidade por 10 mil habitantes das sete cidades da região analisadas diariamente (Bebedouro, Barretos Jaboticabal, Matão, Ribeirão Preto, Sertãozinho e São José do Rio Preto). A taxa de letalidade (TL), também chamada de coeficiente de letalidade, é a proporção percentual entre o número de mortes dentre o total de infectados por uma doença. Neste caso, medimos a letalidade da Covid-19 através da quantia de óbitos pelo vírus, dividida pelo total de contaminados. O valor obtido é multiplicado por 100 (total percentual).
Já para encontrar o valor por habitantes, dividimos o percentual de letalidade pela população de cada cidade e, então, multiplicamos por 10 mil. Através deste cálculo, obtém-se o resultado de que 0,37% dos infectados com o novo coronavírus em Bebedouro morrem pela doença a cada 10 mil habitantes.
Em Barretos, a taxa de letalidade é de 0,20% por 10 mil moradores; em Jaboticabal, 0,65% dos contaminados evoluem para óbito, a cada 10 mil pessoas; em Matão, a taxa é de 0,24% por 10 mil; em Ribeirão Preto, 0,03% dos casos tornam-se óbitos, a cada 10 mil ribeirão-pretanos; em Sertãozinho, a taxa é de 0,16% de mortes por 10 mil pessoas; e em São José do Rio Preto, o coeficiente é de 0,05% de óbitos por Covid por 10 mil habitantes.
Segundo especialistas, a taxa de letalidade não é o item mais relevante, quando consideram-se dados epidemiológicos. O mais relevante, segundo os cientistas, é o índice de contágio da doença, ou seja, com que velocidade ela se espalha e para quantas pessoas um único indivíduo pode transmitir.
Este valor, também chamado de taxa de retransmissão, é medido por quatro fatores: Duração da infecciosidade (quanto mais tempo alguém ficar doente, mais pessoas pode contagiar); Oportunidade (com quantas pessoas o infectado teve contato e possibilite transmitir o vírus); Probabilidade de transmissão (quando dois indivíduos se encontram, qual a probabilidade que o vírus seja transmitido); e Suscetibilidade (probabilidade de alguém que contraiu o vírus adoecer em consequência dele).
A pedido da EPTV Ribeirão, a Fundação Osvaldo Cruz de Ribeirão Preto divulgou que, há uma semana, em 30 de outubro, a taxa de retransmissão em Ribeirão Preto estava em 0,5. O número parece baixo, mas se considerar que, a cada 10 infectados outros cinco podem se contaminar, ainda é um dado que merece atenção e prova que não é hora de afrouxar as medidas de contenção e combate à Covid-19.
A fundação também informou taxas de retransmissão de outras duas cidades sedes de Diretorias de Saúde: Barretos e Franca. Em Barretos, a taxa é de 0,88, ou seja, 10 pessoas infectadas podem passar para outras oito; e em Franca, o valor é ainda mais alto, 0,92, significando que a cada 10 pacientes com Covid-19, outras nove podem se contaminar.

Estado
A partir de 2021, a escola estadual José Francisco Paschoal, na Vila Major Cícero de Carvalho, passa a integrar o Programa de Ensino Integral (PEI), juntando-se às escolas Abílio Manoel, e Gustavo Fernando Kuhlmann, no distrito de Botafogo. O anúncio foi feito pelo governador João Doria e pelo secretário de Educação, Rossieli Soares, em coletiva de imprensa na quinta-feira (5).
Segundo a Secretaria de Educação, o total de escolas que funcionam nesta modalidade subiu de 364 em 2018, para 1.064, a partir de 2021. “São 400 novas escolas que começarão a funcionar, a partir de fevereiro de 2021, em tempo integral. Com este aumento, o ensino em tempo integral atingirá mais de 500 mil alunos, sendo o maior número de estudantes em ensino integral em um estado no Brasil”, disse João Doria.
No total, as 1.064 escolas do programa terão 542 mil vagas no Estado de São Paulo, correspondendo a 15% da rede. Em 2019, fazia parte do programa 4% da rede, com 135 mil alunos.
As novas escolas manifestaram interesse em aderir ao programa e obedecem aos critérios estabelecidos pela Secretaria da Educação, como ter mais de 12 salas de aulas e atender comunidade com maior vulnerabilidade socioeconômica. “A política de ensino em tempo integral é prioridade para nosso governo. Nossa meta de mil escolas para 2023 já foi alcançada com a adesão destas 400 novas unidades”, mencionou o secretário Rossieli Soares.
Ainda de acordo com a Secretaria Estadual de Educação, pelo novo programa, os estudantes passam a ter matriz curricular diferenciada que inclui projeto de vida, orientação de estudos, práticas experimentais e clubes juvenis de acordo com temas de interesse como dança, xadrez e debates.
“Os alunos contam com o apoio do professor tutor para fortalecer sua excelência acadêmica e na orientação do projeto de vida. Também frequentarão disciplinas eletivas escolhidas de acordo com seus objetivos”, explicou Rossieli, mencionando que a carga horária é de até nove horas e meia. “Na rede regular, a jornada é de cinco horas e quinze minutos”.

Segurança Pública
O governo estadual também anunciou, na quinta (5), a compra de 105 novas viaturas da Polícia Civil do Estado de São Paulo, com investimentos de R$ 23 milhões para aquisição de modelos SUVs com proteção balística e rádio transceptor para reforçar a atuação dos policiais civis nas ações de policiamento investigativo.
A Polícia Militar também receberá viaturas com proteção balística. Setenta veículos estão em fase final de fabricação e serão entregues nos próximos meses.

 

Publicado na edição nº 10531, de 7 a 10 de novembro de 2020.