
Se não é a rígida fiscalização exercidas por sérios jornais e rádios, este país e esta cidade já tinham afundado.
Há quem acredite que o papel dos Meios de Comunicação é dar apenas boas noticias. Mas fazer isto é imitar os músicos que tocavam enquanto o Titanic afundava. A missão da Imprensa é revelar os erros para ajudar na condução da cidade.
Por duas ocasiões recentemente, a Gazeta deu exemplos de fiscalização dos atos políticos. A suspeita da utilização da Cozinha Piloto para dar estrutura em um evento político não é algo a ser desprezado. Merenda escolar é coisa séria.
Outro fato preocupante é a aprovação na Câmara da concessão de área da Feccib Nova usando o nome da Ceagesp, sendo que ninguém na companhia estadual sabia do assunto. Por quê não houve checagem dos dados com a estatal, para saber mais detalhes do suposto investimento de R$ 2,5 milhões em Bebedouro?
A situação do prefeito Italiano (PV) é a mais complicada. Sancionou a concessão, sem ao menos ter visitado a sede da empresa. Logo ele, que viaja tantas vezes à São Paulo. Quase semanalmente.
Como entender o empenho para retomar o terreno das torres da Rádio Bebedouro, e perceber que no caso da empresa aparentemente faltou cautela. Existe alguém na assessoria encarregado deste papel?
A cidade precisa de Geração de Empregos. Principalmente quando o assunto foi a principal promessa de campanha. Mas isto não pode ser transformada em pressa em dar entrevistas, antes mesmo de conferir todos os dados. Esta medida evitaria o constrangimento do desmentido feito pela Ceagesp. Uma situação vergonhosa.
Com certeza, os políticos envolvidos no Caso da Cozinha Piloto e da Ceagesp vão achar um jeito de culpar a Gazeta. Chegarão a dizer que o Desenvolvimento Econômico não acontece por culpa de “certos órgãos de Imprensa”. Mas é preferível continuar com rígido acompanhamento dos atos políticos do que correr o risco de tornar-se o bobo da corte política.