
Faleceu aos 103 anos, na última quinta-feira (31 de maio), o ferroviário aposentado Luiz José. Com 35 anos de trabalho dedicado à Companhia Paulista de Estradas de Ferro, Luiz José sofria de Alzheimer, ficando cada vez mais debilitado nos últimos tempos, segundo a filha.
A filha Maria Conceição José conta que após o falecimento de sua irmã Osória Lopes José Andrade, em abril de 2015, ela veio para Bebedouro cuidar de seu pai. “Ele já tinha Alzheimer, e começou a ficar agressivo, xingar as pessoas na rua, depois ficou mais quieto… Teve várias fases. Nos últimos tempos, não queria mais comer, só conseguia engolir líquidos, e depois nem líquidos. Ele não estava comendo há uma semana, e na quinta-feira conseguiu engolir o leite do café da manhã, e eu fiquei feliz, achando que estaria melhorando, mas em seguida, passou mal”, conta Maria Conceição.
Socorrido pelo Corpo de Bombeiros, senhor Luiz José sofreu uma parada cardíaca no trajeto, sendo reanimado pela equipe. “Eles não me deixaram ir atrás, e demoraram para contar, porque devem ter achado que eu não aguentaria a notícia, mas acredito que ele tenha chegado no hospital já sem vida”, lembra a filha.
“O coração dele já estava tão fraco que o sangue nem era bombeado até o pé, tinha que colocá-lo para cima na hora de dormir. Foi se debilitando aos poucos, estava sofrendo muito. Nunca desejamos que isso aconteça, mas meu pai descansou”, diz Maria Conceição, que estima a idade do pai em aproximadamente 119 anos. “Na época em que se casou com minha mãe, ele tirou uns 15 anos de seu registro, para ficar com a idade próxima da minha mãe. Naquela época era permitido. Mas uma tia minha contava que ele nasceu em 1898, e na certidão está 1914”, revela.
Além de Maria Conceição José e Osória Lopes José Andreade (in memorian), seu Luiz José teve mais dos filhos, também já falecidos, Antonio José e José Maria. Seu corpo foi sepultado na manhã de sexta-feira (1º), no Cemitério Municipal de São João Batista.
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Publicado na edição nº 10269, de 5 e 6 de junho de 2018