Filha do casal árabe, Jorge e Malvina Fraiha, primeiros comerciantes a chegarem em Bebedouro, no século XIX, Selma Fraiha Garrido, chega aos 98 anos, esbanjando disposição, saúde e simpatia. Vaidosa, ela não descuida do visual e assume que não abre mão do batom, de preferência vermelho e de acessórios.
Apaixonada por sua cidade natal, Selma nasceu, cresceu, casou e educou seus dois filhos, na rua Coronel João Manoel, onde vive até os dias atuais.
Gazeta de Bebedouro – Quando e onde a senhora nasceu? Onde morou?
Selma Fraiha Garrido – Nasci em 30 de agosto de 1915, na rua Coronel João Manoel, num sobrado grande, onde hoje está Casas Pernambucanas. Todos os meus irmãos nasceram neste sobrado.
GB – Quem eram seus irmãos?
Selma – José, Nabia, Anízio, Salim e Farid, já falecidos; e Odete, Neli, Georgina e Eduardo.
GB – Com nove irmãos como foi crescer em uma família tão grande?
Selma – Éramos todos amigos e tínhamos uma boa convivência. Gostávamos de jogar bola na rua.
GB – A senhora brincava de boneca?
Selma – Não e minhas irmãs também não gostavam de brincar, ficávamos na rua e brincávamos todos juntos. Depois, cada um casou e constituiu sua família.
GB – Como era a convivência com seus pais árabes, Malvina e Jorge Fraiha?
GB – Meu pai era um senhor muito bom, trabalhador e generoso, gostava de ajudar as pessoas. Eles nasceram no Líbano, casaram-se e logo em seguida, vieram para o Brasil, em busca de uma vida melhor. Quando chegaram em Bebedouro, só tinha mato e poucas casas. Não tinha nem água e nem luz. Meus pais foram dos primeiros a chegar na cidade, quando se segmentava ao que hoje, chamamos de centro.
(…)
Leia mais na edição nº 9597, dos dias 14, 15 e 16 de setembro de 2013.