O sistema atmosférico conhecido como ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul), um centro de alta pressão, onde ventos da média atmosfera giram em sentido anti horário e de cima para baixo (um anticiclone), impede a formação de nuvens de chuvas e tem deixado o clima muito quente e seco em quase todo o estado de São Paulo. Este mesmo sistema também tem trazido muita chuva para o litoral do nordeste, principalmente para a Bahia e áreas adjacentes. As informações são do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe).
O ASAS é um fenômeno típico do verão, mas sua localização atual, na costa do sudeste brasileiro, entre São Paulo e Paraná, não é tão normal para esta época do ano e atuará pelo menos até o dia 27 deste mês. A partir do dia 28, o ASAS perde um pouco sua força e as pancadas de chuva à tarde e começo da noite devem voltar com mais freqüência, mas não por muito tempo, pois o sistema deve voltar a se intensificar por volta de 3 de março trazendo nova onda de calor.
O principal problema relacionado com o ASAS é que, com o forte calor, a umidade relativa do ar cai muito no período mais quente do dia (entre 13 e 16h), não ultrapassando os 30%. É bom lembrar que, para nossa saúde, o índice ideal para a umidade é de 60% e, portanto, índices tão baixos, trazem muito desconforto principalmente para crianças, idosos e para quem tem atividade profissional ao ar livre.
As temperaturas mínimas, até o dia 27, não devem ultrapassar os 20°C e as máximas podem chegar aos 35°C, mas com a baixa umidade, a sensação térmica ultrapassa este índice, podendo chegar a 38 ou 39°C. Pancadas de chuva esporádicas e esparsas podem ocorrer, devido ao forte calor, principalmente nos finais de tarde.
Publicado na edição nº 10097, de 23 e 24 de fevereiro de 2017.
