Bebedouro fica sem combustível com a greve dos caminhoneiros

Nova reunião entre Abcam e governo federal aconteceria às 14h desta qui"ta.

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Paralisação - No quarto dia de greve, número de caminhões parados nas saídas de Bebedouro passou de 1.300 para 1.600, na tarde de quinta-feira (24).

Vai para o seu quarto dia a greve dos caminhoneiros em Bebedouro, que em todo o país protesta contra o alto preço dos combustíveis. E são exatamente os combustíveis, a principal falta já sentida na cidade em função da paralisação. Conforme apurado pela Gazeta, a maioria dos postos da cidade já têm cones sinalizando bombas fechadas, sem combustíveis para abastecimento.

Em um dos postos da área central, contando somente com gasolina aditivada, um dos frentistas afirma que a previsão de estoque zerado seria às 17h de quinta-feira (24), sem previsão de reabastecimento. Em outro posto, também da área central, também somente com gasolina, o restante do estoque estaria sendo racionado. “O posto  reabre entre 15h e 15h30 para abastecermos com o restante. E já há fila de carros aguardando”, disse uma das funcionárias a Gazeta, por volta de 14h de quinta.

Assim como afirmado pelo diretor da Garagem Municipal, Luís Carlos dos Santos, na tarde de quarta-feira (23), a prioridade no transporte continua sendo Saúde, Educação e Guarda Civil Municipal. “A tendência é diminuir, mas esses serviços continuam sendo priorizados”, ressalta.

A falta de combustível também levou diversos postos pelo país a cobrarem preço abusivo dos combustíveis. Mas, de acordo com o Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) de Bebedouro, até a tarde de quinta-feira (24), nenhuma denúncia relacionada a cobrança de preços abusivos dos combustíveis teria sido registrada.

No setor alimentício, o reflexo da paralisação também continua sendo sentido. No supermercado Laranjão, alguns carregamentos foram recebidos ainda na quarta-feira (23), mas cessados na quinta (24). “Já temos a falta de algumas verduras, legumes e frutas, e alguns cortes de carne também estão acabando. Hoje, não recebemos nenhum furgão de mercadorias. Nossos dois caminhões que buscariam horti-fruti em Rio Preto foram bloqueados no Aparecidinha”, diz o gerente do supermercado, Fracisco Bution. “O que nos resta é esperar”, afirma.

Após reunião finalizada sem acordo entre a Abcam (Associação Brasileira de Caminhoneiros) e o governo federal, na Casa Civil, na tarde de quarta-feira (23), novo encontro aconteceria às 14h de quinta (24), segundo José Roberto Ribeiro, representante da Abcam em Bebedouro.

Os manifestantes continuam concentrados nas entradas da cidade, como no posto Aparecidinha, da rodovia Armando de Salles Oliveira e na Feccib nova, na sede do GACP (Grupo de Amigos Carga Pesada). O número oficial de paralisação na cidade, segundo o representante da Abcam em Bebedouro, passou de 1.300 para 1.600 caminhões, até a tarde de quinta-feira (24).

“Representantes da associação estão concentrados em Brasília para o 2º tempo da reunião (entre o governo e a Abcam) que estava marcada para hoje à tarde. Mas ainda não recebemos nenhuma atualização”, acrescenta Ribeiro.