

De acordo com boletim epidemiológico de sexta-feira (16), são 1.423 pessoas infectadas com Covid-19, desde março deste ano. Dentre pacientes com diagnóstico positivo, 1.254 vivem em Bebedouro e 169, na região. Há também 1.367 já recuperados da doença, sendo 1.199 bebedourenses e 168 moradores dos municípios da microrregião. Outros 13 pacientes estão em isolamento, todos de Bebedouro.
O número de vítimas fatais da Covid-19 na cidade subiu para 42, no boletim de terça (13). No total, 24 pessoas morreram em hospitais locais e 18 em unidades de saúde de outras cidades.
Há 15 bebedourenses em UTI, em tratamento do novo coronavírus, sendo 11 em hospitais de Bebedouro e quatro em unidades de saúde de Barretos. Há ainda nove infectados em enfermarias. Todos aguardam resultados para confirmação da doença.
Codevar solicita revisão da fase laranja
O Codevar (Consórcio de Desenvolvimento do Vale do Rio Grande), presidido pelo prefeito Fernando Galvão (DEM), apresentou, na terça-feira (13), petição para revisão de fase da Diretoria Regional de Saúde de Barretos, que na sexta-feira (9), regrediu da fase amarela do Plano São Paulo, para a laranja.
Galvão esteve acompanhado de prefeitos da região, como Barretos, Viradouro, Severínia, Colina e Vista Alegre do Alto, que juntos, apresentaram números que justificam o retorno das cidades à fase amarela, considerando os altos índices de isolamento social e dados específicos de cada cidade que compõe a DRS.
Participaram da reunião, integrantes do Comitê de Contingenciamento da Covid-19, sob a coordenação executiva de João Gabardo; o secretário de Saúde Jean Gorinchteyn; o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, e o deputado federal Geninho Zuliani (DEM), este que intermediou o encontro.
De acordo com Galvão, o Comitê recebeu a petição e os números apresentados pelo Codevar, que seriam avaliados pela equipe médica e a decisão do estado sobre possível revisão da fase seria anunciada em coletiva de imprensa, na sexta-feira (16), pelo governador João Doria, porém, durante a coletiva, o assunto não foi abordado.
Como justificativa para solicitar a revisão, os prefeitos destacaram que o principal motivo para regressão da regional, é a cidade sede de Barretos, que sozinha, possui quase metade dos óbitos registrados pelas 18 cidades.
A Gazeta comparou os municípios de Bebedouro e Barretos, os dois mais populosos da DRS 5, que estão inclusos no levantamento diário do Governo de SP: A média móvel de novos casos de Bebedouro, nos últimos sete dias, é de 8,42, enquanto de Barretos, três vezes maior: 24,71. Porém Barretos não tem três vezes a população de Bebedouro. A população de Barretos é 55% maior que Bebedouro.
Os índices de isolamento social da vizinha cidade, desde o início da pandemia, giram em torno de 35% durante a semana e 40% aos finais de semana; enquanto de Bebedouro manteve-se acima de 45% de segunda a sexta e próximo dos 55% nos finais de semana e feriados, tendo ficado sempre entre os cinco municípios mais bem colocados do estado.
A regional tem 18 cidades e os piores índices são de Barretos: Os números que o comitê apresentou para regressão da fase incluem aumento das internações e mortes. Segundo o Governo de SP, a região apresentava aumento de internações de +14% até a data analisada pelo Comitê, com 80 pacientes internados por 100 mil habitantes, porém, Bebedouro tem média de apenas 15 pacientes internados em UTI, enquanto o restante, concentra-se em Barretos.
Já os óbitos cresceram 44%, segundo apontou o Plano. A média do Brasil é de 72,85 óbitos por 100 mil habitantes; do estado, são 85,58 mortes por 100 mil; e da DRS 5, são 96,82 óbitos por 100 mil habitantes, considerando que as 18 cidades somam cerca de 410 mil habitantes e cerca de 397 óbitos. Bebedouro teria 54,15 mortes por 100 mil habitantes, caso tivesse 100 mil moradores, enquanto Barretos tem 118,85 óbitos por 100 mil habitantes.
Nota-se que a cidade sede da DRS é a principal responsável pelo alto número de casos, mortes e internações que causaram o rebaixamento da região. O Codevar aguarda a análise do Governo de SP, para que a regressão para a fase laranja não prejudique os demais municípios, como Bebedouro, que possuem bons índices no enfrentamento à pandemia da Covid-19.
Estado
A Secretaria de Educação iniciou, na quarta-feira (14), a testagem de alunos e servidores da rede estadual para Covid-19. Em cada escola, serão testados 100 alunos e todos os servidores que atuam na respectiva unidade. São 10 mil estudantes e 9,3 mil profissionais da educação das escolas do Estado de São Paulo.
“Esta é uma medida de segurança não só para os alunos e servidores da educação, mas também para os pais, pois queremos identificar eventuais casos de coronavírus e possibilitar o isolamento e tratamento para a recuperação de infectados e, assim, evitar a transmissão da doença”, afirmou Jean Gorinchteyn, secretário de Estado da Saúde, em coletiva de imprensa, no Palácio dos Bandeirantes.
Segundo a Secretaria de Educação, a testagem visa identificar a frequência de contágio pelo novo coronavírus durante o período de volta às aulas presenciais que, desde quarta-feira (7), é opcional para alunos do ensino médio e EJA da rede estadual. A retomada das aulas está condicionada à autorização das Prefeituras.
Outra medida anunciada pela Secretaria de Educação é a distribuição de 750 mil chips de telefone celular para alunos, professores e servidores da rede estadual, garantindo conexão à internet para o ensino remoto e híbrido, entre outras atividades pedagógicas online.
Serão 250 mil unidades mensais destinadas para professores e servidores, com 5 gigas de internet, além de acesso a ligações e mensagens de SMS. Os 500 mil chips mensais para os alunos terão 3 gigas de internet e vão atender os estudantes mais vulneráveis.
“Os chips possibilitarão o acesso aos demais aplicativos e sistemas que não utilizam dados patrocinados pelo Centro de Mídias, além de ligações e mensagens de SMS para professores. Será uma importante ferramenta para buscarmos os estudantes que estão fora da escola, neste ano tão atípico da Covid-19”, ressaltou o secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares.
Receberão os chips alunos do 8º e 9º anos do ensino fundamental e de todas as séries do ensino médio, em situação de pobreza e extrema pobreza no CadÚnico. A distribuição ocorrerá nas diretorias de ensino e escolas, entre novembro e dezembro.
Na sexta-feira (16), o governo estadual apresentou o plano Retomada 21/22, estimado em R$ 36 bilhões, para impulsionar a economia do Estado de São Paulo e gerar cerca de 2 milhões de empregos.
Com 19 projetos, o Retomada 21/22 tem por objetivo promover o crescimento econômico por meio da atração de investimento privado em concessões e PPPs (Parcerias Público-Privadas) de projetos que envolvem trens, metrô, rodovias, aeroportos e hidrovias. As ações estão combinadas em seis eixos: infraestrutura, dinamismo setorial, ambiente de negócios, desenvolvimento sustentável, redução de desigualdades e internacionalização.
“São Paulo cresceu mais que o dobro da média brasileira em 2019. O Retomada 21/22 está sendo lançado para retomar este desempenho e ampliá-lo nos próximos dois anos. O foco do plano é impulsionar o crescimento de uma economia que já é dinâmica, diversificada e com muitas oportunidades de investimentos para gerar crescimento, emprego e renda”, justifica o coordenador do plano e secretário de Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles.
Publicado na edição nº 10526, de 17 a 20 de outubro de 2020.