

A taxa de ocupação de leitos de UTI no Hospital Estadual é de 30%, com seis pacientes graves internados. Este percentual está entre os menores já registrados pela unidade hospitalar desde o início da pandemia. A redução, segundo o gerente de enfermagem do Hospital, Leonardo de Matos, deve-se ao incremento da vacinação para todas as faixas etárias.
Na enfermaria do Estadual, são nove leitos ocupados (45%). Na rede privada, apenas um paciente está na UTI (9,09%) e outro na enfermaria. UPA e Hospital Municipal não possuem pacientes em atendimento, nem mesmo em hospitais da rede SUS da região.
“Para nós, que já tivemos fila de espera de mais de 70 pacientes aguardando por um leito, ver menos da metade da UTI ocupada, causa alívio. Esta redução se dá pelas ações direcionadas à população, como as campanhas de vacinação e a adesão das pessoas a este processo fundamental, que repercute no dia a dia da unidade hospitalar, não apenas na taxa de ocupação de leitos, mas também na redução da mortalidade e da complexidade dos quadros clínicos”, analisa Matos.
Os 20 leitos de UTI e 20 de enfermaria seguem funcionando, descredenciados pela Cross (Centro de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde), porém, com o menor número de pacientes utilizando estes leitos, o Hospital aproveita para fazer manutenção preventiva e revisão de equipamentos, que aconteciam com menor frequência devido ao uso intensivo dos leitos.
Atualização – Desde o início da pandemia, 12.158 bebedourenses já foram infectados pelo vírus e 336 morreram. As vítimas fatais mais recentes no Hospital Estadual, mulher, 50, portadora de diabetes e hipertensão, e homem, 63, também hipertenso.
Atualmente, 33 pessoas aguardam resultados de exames e outras 12, positivadas, são monitoradas pela Vigilância Epidemiológica, em domicílio.
Vacinação continua
A cidade já aplicou 97.984 doses da vacina contra Covid. Destas, 60.575 receberam a 1ª dose do imunizante (78,1%) e outros 37.151 estão com esquema vacinal completo, com 2ª dose ou dose única (47,9% da população).
Cerca de 3 mil pessoas com idade entre 50 e 59 anos receberam a 2ª dose da vacina contra Covid-19, nas manhãs de quinta e sexta-feira (16 e 17). Na quinta, quando vacinaram-se pessoas de 55 a 59 anos, às 6h45, a fila em frente ao barracão da vacina, na Feccib, já dobrava o quarteirão. Com abertura dos portões somente às 8h, a fila chegou, novamente, ao viaduto da avenida Raul Furquim.

De acordo com Thais Teixeira, coordenadora da Vigilância Epidemiológica, mesmo com o grande volume de pessoas, não foi preciso estender o horário de aplicação, que foi encerrada às 12h.
Para o início da próxima semana, é previsto público semelhante no período da manhã, segundo Teixeira, quando recebem a 2ª dose, pessoas de 51 e 52 anos na segunda-feira (20), e 48 e 49 anos na quarta-feira (22).
Ainda na quarta-feira, das 16h às 20h, a Vigilância faz sua última chamada para aplicação de 1ª dose em adolescentes que tenham, no mínimo, 12 anos completos até 30 de setembro. Na quinta (23), é a última chance para os faltosos acima de 18 anos.
Vacina suspensa – Adolescentes de 12 a 17 anos, sem comorbidades, foram retirados da lista de grupos recomendada pelo Ministério da Saúde. Mesmo com o uso do imunizante da Pfizer, autorizado pela Anvisa para esta faixa etária, a pasta recomendou, na noite de quarta (15), que apenas adolescentes com comorbidades recebessem o imunizante.
Em coletiva de imprensa, na quinta (16), o ministro Marcelo Queiroga afirmou que 1,5 mil adolescentes relataram eventos adversos após receberem a vacina e que acompanha o caso de um adolescente de São Paulo que teria morrido após receber o imunizante, há sete dias.
A Secretaria de Saúde de São Paulo, após análise de equipe de 70 pesquisadores, conclui que a morte não tem relação com a Covid, mas decorre da doença autoimune PTT (Púrpura Trombótica Trombocitopênica). Doria já havia afirmado que manterá a aplicação de vacinas nesta faixa etária. Em Bebedouro, conforme cronograma já estipulado, a vacinação deste público será mantida.
Em favor de São Paulo
Doria apresentou na quarta-feira (15), em coletiva, o “Pró SP”, programa com estimativa recorde de R$ 47,5 bilhões em investimentos até 2022, com previsão de 8 mil obras e geração de 200 mil empregos.
Outro projeto anunciado foi o “Retoma SP”, com R$ 500 milhões em investimentos para os setores mais afetados pela pandemia. Dentre as principais medidas estão a redução do ICMS de bares e restaurantes e a criação do “Linha Nome Limpo”, com crédito de R$ 100 milhões para empresários que ficaram com o nome sujo neste período.
Publicado na edição 10.610, de 18 a 21 de setembro de 2021.