
De acordo com o boletim epidemiológico de terça-feira (5), apenas quatro pessoas em tratamento de Covid estavam sob regime de internação, sendo apenas um morador de Bebedouro. Este está internado em outro município, em unidade SUS.
No Hospital Estadual, somente dois leitos de UTI estão ocupados, sendo esta a menor taxa de ocupação nesta unidade, desde sua abertura. Na enfermaria do Estadual, não há pacientes. Pela rede privada, a Unimed atende um único paciente em estado grave, precisando de UTI.
Desde sexta (1º), Bebedouro registrou quatro casos positivos e duas mortes em decorrência da Covid-19. Desde o começo da pandemia, 12.189 moradores da cidade foram infectados e 340 morreram, sendo os mais recentes, duas mulheres, 34 e 46 anos, com doença respiratória crônica, e imunossuprimida. Ambas faleceram no Hospital Estadual.
São sete bebedourenses positivados, em isolamento domiciliar e monitorados pela vigilância epidemiológica. Outros 26 aguardam resultados de exames.
Vacinação
A vacinação em Bebedouro continua a todo vapor. Após o fim da aplicação de 1ª dose para todos moradores acima de 12 anos, a Secretaria de Saúde se debruça na imunização com 2ª dose e dose adicional.
O calendário da semana inclui drive-thru para idosos com 70 anos ou mais, para receber a dose adicional, na quarta (6), das 8h às 11h. “É imprescindível que a última dose tenha sido recebida há, no mínimo, seis meses”, destaca a secretária da pasta, Silvéria Larêdo. No mesmo dia, à tarde, recebem a 2ª dose, pessoas com 42 anos.
Na quinta-feira (7), todos os idosos com 60 anos ou mais recebem a dose adicional, das 8h às 11h, com entrada para pedestres, desta vez, sem sistema drive-thru. No mesmo dia, à tarde, das 17h às 20h, ocorre aplicação da 2ª dose para pessoas de 41 anos.
O calendário encerra-se na sexta (8), com aplicação de 2ª dose para adultos de 40 anos, pela manhã, das 8h às 11h.
Doses incompletas
A Gazeta recebeu denúncia de que um bebedourense havia notado que, no momento de receber a 2ª dose, a seringa tinha apenas 0,4 ml de vacina, quando deveria ter 0,5 ml. O denunciante alega que a profissional responsável pela aplicação somente corrigiu a quantia a ser aplicada, quando foi alertada por ele. Sua denúncia gerou uma série de comentários semelhantes, de pessoas dizendo terem recebido doses incompletas.
Questionada pela Gazeta, Silvéria Larêdo garantiu que a Secretaria de Saúde já está apurando o caso. “Tive conhecimento pelas redes sociais, porém, somente recebi a denúncia nominal na terça (5). Diante das informações recebidas, estamos em contato com a vacinadora para identificar o que pode tê-la levado ao erro. Caso tenha sido problema causado pelos insumos utilizados, corrigiremos; se tenha sido erro da profissional, será reafirmada a orientação sobre a forma correta de aplicação da vacina”, afirma Larêdo.
Ainda segundo a secretária, foi identificado que as demais pessoas que apontavam ter recebido doses com menos de 0,5 ml, receberam vacinas da Pfizer, que devido ao seu armazenamento e diluição diferentes, tem dosagem padrão de 0,3 ml.
“Este erro não pode desmerecer ou colocar em xeque todo trabalho sendo realizado desde o início da vacinação, mas é evidentemente grave, podendo comprometer a imunização do paciente, pois, uma dose menor que a ideal, impede a proteção adequada. Realmente, não pode se repetir. Todos que estiverem em dúvida, podem pedir para ver a seringa e, se acharem que estão sendo prejudicados, podem fazer denúncia formal à Ouvidoria da Secretaria ou diretamente a mim”, diz a secretária de Saúde.
Publicado na edição 10.615, de 6 a 8 de outubro de 2021.