Como digerir números e fatos que revelam uma distância abissal da realidade.
Nesta e na próxima semana, as vias e as casas dos bebedourenses recebem e receberão milhares de papéis, cartazes, cavaletes, jingles e spots, com o objetivo de cativar o eleitor.
É o marketing do vale-tudo em ação. Vale omitir, vale criar estimativas e estatísticas, vale também mentir com cara de quem fala a verdade. Vale contratar apresentadores para emprestar-lhes credibilidade, vale tomar cafezinho em todos os bares que encontrarem pela frente, vale contratar cabos eleitorais que jurem de pés juntos que o “meu” candidato é o melhor por suas infindáveis qualidades.
Mas isso é mesmo necessário? É preciso distribuir volantes aos borbotões afirmando a um eleitor que quer porque quer ter um deputado para chamar de seu, que apenas 40 mil votos o colocam em uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo representando Bebedouro, quando basta consultar o diretório estadual do maior partido do país, para verificar que cada um dos 150 candidatos precisa é do dobro disso de votos para se eleger? E que seu interesse não é mudar-se para a Capital, e sim, marcar território que lhe garanta espaço na próxima eleição municipal…
Será que o eleitor bebedourense é assim tão ingênuo?
Basta uma conta primária. São 58 mil eleitores que irão votar em Bebedouro no dia 5 de outubro – fora as abstenções. Se este incauto candidato fosse unanimidade, ainda assim iriam lhe faltar mais da metade do necessário, e ele continuaria morando em Bebedouro porque não seria eleito.
Com tão falsos números e intenções divulgados na propaganda eleitoral, com tantas maquiagens, sem o mínimo compromisso com as reais necessidades da cidade, sem qualquer vínculo com as ideologias dos partidos que são trocados ao soprar dos ventos, o que quer mesmo o candidato?
Voltar ao Paço Municipal e que se danem os votos que recebeu porque de nada valerão para Bebedouro Seu destino é mesmo a lata do lixo.
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Leia mais na edição nº 9751, dos dias 27, 28 e 29 de setembro de 2014.
