Para poucos, a credibilidade ainda é item supérfluo. Mas a sociedade é rigorosa e enquanto alguns insistem na estratégia do “padrão fofoca”, a própria sociedade dá o troco e ignora quem compromete a confiança depositada.
Credibilidade é o bem mais precioso do jornalismo. Sem ela não há como sobreviver do ofício.
O que se viu na noite de quarta-feira (15) quando um Jornal da cidade anunciou debate com a presença dos cinco candidatos a prefeito é resultado da semeadura. Quem semeia tempestade não pode colher bonança. Apenas dois deles não declinaram do convite e transformaram a ocasião num bate-papo entre os “nanicos”.
Sem transparência, regras claras, imparcialidade e honestidade de intenções, não é possível realizar o propósito de debater em igualdade de condições.
Em 17 de agosto de 2004, a Gazeta de Bebedouro, em parceria com a Rádio Bebedouro, promoveu um debate histórico em Bebedouro, de altíssimo nível, dentro dos critérios da ética com regras definidas para se discutir planos de governo e políticas públicas, sem ofensas nem críticas destrutivas. Os representantes dos candidatos assinaram documento contendo o conjunto de regras, que foi registrado no Cartório Eleitoral e não puderam ser mais alteradas. Todas as participações dos candidatos se deram através de sorteio e a mediação foi primorosamente conduzida pelo conceituado e experiente jornalista Paulo Markun que já foi apresentador do programa Roda Viva da TV Cultura. Na ocasião, vindo especialmente para o debate, ele disse ter sido “um prazer participar desta discussão que de modo geral manteve-se num nível muito elevado”.
As perguntas foram formuladas por representantes de entidades de classe, da sociedade civil organizada, portanto, formadores de opinião sintonizados com as necessidades e aspirações da comunidade que os tem como líderes.
Os participantes do debate demonstraram confiança na Gazeta e na RB, organizadores do debate e viram no evento a oportunidade de dar ao eleitor e à população a chance de conhecê-los no exercício da democracia. Puderam igualmente demonstrar que sabem cumprir o que fora acordado entre as partes e pautado em regulamento, levando a bom termo todos os quatro blocos que compuseram a discussão.
O valor do voto e a ética na política reforçaram o êxito do debate, pois esses expedientes foram cumpridos à risca por candidatos, mediador, organizadores e público.
O bebedourense aprovou a iniciativa da Gazeta e da RB e da forma como o debate foi realizado, com perfeita organização e imparcialidade, além de imprimir qualidade ao confronto entre candidatos.
Uma lição que poderia até ter sido apreendida se não fosse o acúmulo de desdém pela trajetória da Gazeta alimentado por estes poucos. História essa que coloca nossa Gazeta como o jornal que os bebedourenses mais confiam, mais lêem e estando entre as 5 marcas da cidade, lembradas espontaneamente pelos bebedourenses.
Quem sabe, faz. Quem não sabe, poderia até copiar. Deveria…