Dois pesos e duas medidas com a Inter

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Exigências de segurança feitas no Stamatão estão longe de serem cumpridas nos estádios da região.

Esta semana pairou a expectativa de que os torcedores não assistiriam o confronto entre Inter e Guariba, por causa das exigências de novas normas de segurança no estádio municipal Sócrates Stamato. Segurança de torcedor é questão séria e todo cuidado é pouco para dar condições de que todos assistam aos jogos, sem riscos à segurança.
Porém, os torcedores do Lobo Vermelho e também a própria Gazeta podem questionar por quê o grau de fiscalização é tão grande em Bebedouro, se nos estádios dos times que o clube enfrenta, parecem sequer existir?
Com todo respeito que devemos ter à população de Guariba, o estádio municipal do time da cidade, parece não estar em perfeitas condições para partidas do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Há rombos no alambrado, que de tão grandes possibilitaram que um cachorro invadisse o campo durante a partida. O estranho é não saber se houve citação na súmula ou punição ao clube. A mesma situação pode ser encontrada em outros estádios, que perdem longe para campos de futebol de fazendas ou clubes sociais.
O estádio municipal Sócrates Stamato não está ainda dentro do “padrão Fifa”, mas foi aceito para realização de partidas como a do Santos FC com o Atlético Mineiro, durante o Campeonato Brasileiro de 1996.
Se na administração passada houvesse senso de oportunidade e foco, teriam colocado o Stamatão, na lista de estádios a serem usados para treinos, pelas seleções que virão à Copa do Mundo. As chances poderiam ser poucas e haveria risco de serem exigidas obras para melhoramento. Mas uma cidade no padrão de Bebedouro, servida de rodovias com pista dupla, poderia tornar-se atraente para uma seleção treinar tranquilamente. Mas o tempo passou e a oportunidade escapou. Por hora, corre novamente a Prefeitura para cumprir a lista de exigências, com a certeza de que já faz mais do que a obrigação. Alguém precisa dar um basta, dirigentes da Inter ou governo, porque senão, vão exigir melhoramentos do padrão Maracanã para um estádio que joga a última divisão do futebol paulista.

Publicado na edição n°9566, dos dias 4 e 5 de julho de 2013.

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